Por: Redação
O mercado de trabalho em Portugal registou, segundo o estudo da Randstad Research, valores históricos em 2024 atingindo 5,52 milhões de pessoas disponíveis para trabalhar no final do ano.
De acordo com este estudo, a empregabilidade manteve a tendência de crescimento, com um acréscimo de 7,9 mil profissionais no último trimestre, elevando o total de empregados para 5,15 milhões, o maior valor já registado.
O estudo destaca ainda que quase 70% das pessoas empregadas têm qualificações ao nível do ensino secundário e pós-secundário ou superior.
Entre os profissionais com ensino superior, a taxa de emprego atingiu os quase 80%, sendo este o grupo com maior integração no mercado.
Os dados permitem também concluir que a indústria transformadora foi responsável por gerar 16% do emprego, enquanto o comércio foi a segunda atividade com mais profissionais (14,8%).
No setor dos serviços, a educação e a saúde destacaram-se como os principais empregadores, reunindo aproximadamente 18% da força de trabalho.
O número de funcionários públicos também atingiu um novo recorde, com quase 800 mil trabalhadores ao serviço do Estado no final de 2024, o que representa um crescimento de 1% face a 2023 e um acréscimo de 7,6 mil profissionais em relação ao trimestre anterior.
Trabalho híbrido é o modelo dominante
De acordo com o estudo, o teletrabalho não só passou a ser uma realidade para muitas empresas, como tem registado um aumento contínuo. No final de 2024, mais de um milhão de pessoas trabalhavam remotamente, representando 21,5% do total de empregados.
No entanto, conclui que o trabalho híbrido é agora o modelo dominante, abrangendo 38% da população empregada.
Isabel Roseiro, diretora de marketing da Randstad Portugal, afirma que “pela primeira vez em 20 anos, a flexibilidade é apontada como um fator mais importante do que o salário na hora de escolher um emprego. Torna-se cada vez mais evidente que benefícios como o teletrabalho são muito importantes para de reter talento nas empresas”.
O estudo revela ainda que, em 2024, o número de empresas criadas ultrapassou o número de dissoluções, terminando o ano com 48.968 novas empresas face a 21.304 fechadas.
Por outro lado, o desemprego registou um aumento, atingindo 368.300 pessoas no último trimestre, o maior crescimento dos últimos dois anos, com 41% destes profissionais à procura de emprego há mais de um ano.
Os dados também concluem que o valor médio das remunerações registou um crescimento, atingindo os 2.038,30 euros em novembro, refletindo um aumento de aproximadamente 6% em relação ao ano anterior.