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Rute Ablum, CMO da PHC (Foto: Divulgação)

“A era dos grandes génios foi substituída pela era da colaboração” – Rute Ablum

O mundo é, hoje, muito mais colaborativo e nas empresas não é diferente. Ter a capacidade de gerar inteligência coletiva é, para Rute Ablum, uma vantagem competitiva para as empresas. Em entrevista à PME Magazine, a chief management officer da PHC, palestrante nas PHC Exec Talks, fala sobre a importância de desenvolver esta nova capacidade de organização coletiva.

PME Magazine – Como podemos definir inteligência coletiva?

Rute Ablum – A inteligência coletiva nas empresas é a capacidade de uma organização, enquanto grupo de indivíduos, conseguir com que os colaboradores criem valor em conjunto de uma forma que não lhes seria possível em separado. Quando se diz que o todo é maior do que a soma das partes, estamos a falar de ir além da capacidade isolada de cada um na sua especialidade e de tomar as melhores opções através da discussão de ideias, a partir de diferentes perspetivas. Esta é uma tendência que está a marcar a vida e a competitividade das empresas, para a qual a gestão das PME deve olhar com atenção.

PME Mag. – Como é que pode ajudar a desenvolver os negócios?

R. A. – Acima de tudo, abre novas possibilidades para as empresas e novos modelos de trabalho. O que vemos hoje é uma aceleração exponencial do mundo das empresas, que é difícil de acompanhar na totalidade ao nível individual. Cabe aos gestores dotar as suas empresas de novas formas de trabalho, mais ágeis e que aproveitem o melhor das capacidades dos seus colaboradores. Quando falamos da inteligência coletiva estamos a falar de um acelerador da decisão e da inovação, que fará com que surjam novas ideias de negócio e novas formas de melhorar o que as empresa já fazem.

PME Mag. – Numa altura em que muito se fala das plataformas colaborativas online, é preciso, mais do que nunca, ajudar a transferir as empresas para esta nova realidade digital?

R. A. – A grande questão que deveremos colocar é: as empresas podem viver sem software que potencie a inteligência coletiva? Sabemos que é impossível a uma PME funcionar a alta velocidade se não conseguir tirar partido de todo este potencial. Isto é tão válido para o processador de texto em que várias pessoas podem editar em simultâneo, como para uma gestão de projetos e de tarefas integrada no sistema da empresa, ou para uma Intranet social para partilha e discussão de ideias. Sem esta capacidade de colocar as pessoas a trabalhar em conjunto, com ganhos de velocidade e colaboração, será muito difícil que uma empresa sobreviva nesta nova realidade digital. Hoje, mais do que nunca, as PME têm de estar preparadas.

PME Mag. – Como é que isto se traduz em produtividade?

R. A. – Estamos a falar de uma vantagem competitiva enorme, que estimula a criatividade da empresa, reduz o risco de uma má decisão e aumenta a qualidade do trabalho. A era dos grandes génios foi substituída pela era da colaboração, composta por especialistas que não trabalham sozinhos, mas que têm de colaborar para criar valor. Quando uma empresa percebe como tirar partido desta capacidade de inteligência coletiva abre toda uma nova possibilidade de criar valor. Hoje, sabemos que não basta ter essa capacidade desenvolvida, é preciso ter as ferramentas certas para que ela se desenvolva. E essas ferramentas passam pelo software de gestão integrado com capacidade de potencial esta nova tendência nas empresas.