A necessidade de reinvenção do setor financeiro

Por: André Rendeiro, Executive Board Member do Bison Bank e da Bison Digital Assets

O setor bancário tem enfrentado inúmeros desafios ao longo dos anos, e 2023 não tem sido diferente. Em particular, os processos de transformação digital e de captação de talento continuarão a requerer um esforço de adaptação permanente por parte dos bancos, de forma a manterem modelos de negócio sustentáveis.

A evolução tecnológica, incluindo, entre outros, o desenvolvimento do espaço Web3, tem levado a mudanças nas expetativas dos clientes na forma como se relacionam com bancos, tendo os mesmos passado a procurar serviços cada vez mais convenientes e escaláveis.

Torna-se, assim, crucial fomentar nos bancos uma cultura de melhoria contínua da experiência digital dos seus clientes, caracterizada por interatividade, continuidade, rapidez e segurança. Esta melhoria da experiência digital tem de estar assente em soluções tecnológicas, capazes de servir um negócio amplo e global.

Para acompanhar o nível de exigência crescente colocado aos bancos, incluindo sob os pontos de vista tecnológico, risco, compliance, legal, governo e operações, existe a necessidade de conduzir ações de reskilling de forma contínua.

Estas ações deverão permitir prestar não apenas um bom serviço aos clientes, numa base segura, mas também potenciar a capacidade de atração e retenção de talento, através da melhoria do leque de conhecimentos e do aumento do nível de adesão às necessidades do setor bancário.

Em simultâneo, é essencial que as universidades continuem a explorar e aplicar novos métodos de ensino. Além disso, é fundamental que tenham em consideração as necessidades desafiantes e em rápido processo evolutivo do mercado de trabalho do setor bancário.

Os bancos têm necessidade de se ajustar permanentemente, de forma a ir ao encontro das expetativas cada vez mais exigentes dos clientes. Em particular, através da melhoria da experiência digital, numa atividade cada vez mais global. Para isso, os bancos têm de acompanhar a evolução tecnológica, para a qual é basilar a capacidade de preparar e reter os seus colaboradores.

Esta capacidade de ajustamento é essencial para a atualização e manutenção dos modelos de negócio, que permitam a sustentabilidade dos bancos no longo prazo.