Por: Martim Gaspar
Após o aviso do presidente da república, Marcelo Rebelo de Sousa à ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa sobre o uso dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência, o primeiro-ministro António Costa reagiu, diretamente do Egito, onde participa na cimeira do clima das Nações Unidas, lembrando que “é normal que quem tenha por função fiscalizar o trabalho dos outros cumpra essa função”.
“Convivo à quase sete anos com o atual presidente da república. Acho que todos os portugueses têm apreciado a forma como Marcelo Rebelo de Sousa tem exercido as suas funções, com momentos de maior criatividade, mas acho que isso é normal, acho que ninguém leva a mal, a senhora ministra, aliás, disse que não tinha levado a mal, que compreendeu perfeitamente a intervenção no quadro de informalidade com que tudo decorria”, segundo o primeiro ministro, António Costa.
O governante reforça que “quem gere e tem responsabilidades executivas deve cumprir, planear e executar de acordo com o plano sem viver em ansiedades. Agora é normal que quem tenha por função fiscalizar o trabalho dos outros cumpra essa função”.
O aviso que foi considerado como uma pressão para o governo e para a ministra da coesão territorial, acabou por ser desvalorizado por António Costa que considera que “um programa que é para ser executado até ao final de 2026 não é para estar concluído até final de 2022, é para ser cumprido nos exatos termos em que foi contratado e em que foi programado”.