O ministro da Economia revelou que as medidas de proteção do emprego poderão ser prolongadas até ao final do ano, “se for necessário”. Para já, o Governo está a apostar na formação dos trabalhadores.
Pedro Siza Vieira disse, esta segunda-feira, em conferência de imprensa, que ainda é cedo para avaliar o impacto das medidas de combate à pandemia de Covid-19 sobre as finanças públicas.
Quando questionado sobre este impacto, o ministro da Economia respondeu que os apoios destinados à manutenção do emprego não devem ser “retirados cedo demais”, uma vez que é necessário “preservar o mais possível o emprego até à normalização sanitária”.
“Temos é de estar preparados para dar a resposta adequada para que a crise não tenha efeitos mais nefastos sobre a economia e a sociedade do que aqueles que precisa de ter”, disse.
Para Siza Vieira, a crise que Portugal atravessa “é temporária”, uma vez que tem origem “numa circunstância externa”, que transcende as empresas.
O ministro defendeu, ainda, que a criação de emprego vem em conjunto com a recuperação da atividade económica, pelo que, para já, é importante “aproveitar os momentos para reciclar os conhecimentos dos trabalhadores das empresas”.
“Estamos a trabalhar com um conjunto de associações empresariais para aproveitar este tempo de menor atividade para o aumento de qualificações, seja a nível das línguas, da utilização de ferramentas digitais ou da sensibilização para novas práticas de sustentabilidade e sanitárias”, acrescentou.