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Michael Parkes e Paulo Pereira - BIOS (Foto: Divulgação)

BIOS alarga rede de parceiros e desenvolve projeto de produção de comida nutritiva

A startup portuguesa BIOS estabeleceu novas parcerias para desenvolver o projeto de aproveitamento do desperdício energético dos edifícios e respetivas emissões de CO2. O objetivo passa por reduzir a pegada ecológica derivada da produção agrícola.

A empresa conta agora com a colaboração da Schneider, ligada ao ramo da eletricidade, e da Nimbus Research Center, um centro de pesquisa e desenvolvimento situado na Irlanda. Além destes parceiros, a BIOS tem ainda o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e do Instituto Superior Técnico, que tem ajudado na validação científica de todo o trabalho.

A nova parceria com a Schneider representa um desenvolvimento no conhecimento da startup portuguesa relativamente ao mercado de monitorização e de comunicação entre hardware/software. No caso da Nimbus Research Center, a parceria irá permitir à BIOS desenvolver uma centralização dos dados provenientes do edifício e dos seus sistemas de gestão, através da criação de uma base de dados.

De acordo com Paulo Pereira, especialista em projeto e operação de sistemas de agricultura vertical da BIOS, o passo seguinte será “criar as métricas essenciais”, de forma a que estas ajudem a empresa a “interpretar e analisar o seu funcionamento”.

O projeto tem sido desenvolvido no campus da Nova SBE, uma zona com “pouco uso e acesso a bastantes recursos”, acrescentando que esta parceria “também inclui a otimização no uso da energia elétrica por parte do edifício, bem como da participação ativa dos alunos no desenvolvimento e operação da estufa”.

Para o especialista da BIOS, o objetivo é encontrar respostas relativas à aquisição e processamento de dados, com vista à redução do consumo de energia por quilo de comida produzida. Já o fundador da empresa, Michael Parkes, acredita que a startup poderá, no futuro, “produzir alimentos frescos, com um alto valor nutritivo, a custos acessíveis para a comunidade, trabalhando assim o impacto económico, social e ambiental”.

Numa altura em que se perspetiva a construção e operação do projeto ao longo do primeiro semestre deste ano, Paulo Pereira reforça a necessidade de se agir depressa na procura de soluções para a produção alimentar com o mínimo impacto ambiental, “de modo a ajudar a criar resiliência na comunidade e promover estilos de vida mais saudáveis”.