Desde a pandemia da Covid-19 que os problemas de saúde mental, os esgotamentos e o stress têm sido alvo de debates entre líderes e profissionais. O isolamento da população e a mudança de rotinas está a levar os líderes mais jovens ao burnout, segundo conclui um estudo do Grupo Adecco.
O estudo “Reseting Normal: Defining the new era of work/2021” foi feito a 15 mil profissionais, em 25 países de todo o mundo, sendo que 34% das mulheres e 29% dos homens dizem que o seu bem-estar mental piorou ao longo do último ano.
O esgotamento tem sido um motivo de preocupação para toda a força de trabalho – quase quatro em cada 10 profissionais. Mais de metade dos jovens líderes(54%) estão a sofrer de burnout, precisamente os líderes que deverão assegurar o futuro, lê-se no comunicado.
O problema está também na falta de perceção e empatia entre trabalhadores e colegas. A maioria dos gestores ainda está aquém quando se trata de identificar sinais de esgotamento nos seus funcionários.
De acordo com o Grupo Adecco, quase quatro em dez trabalhadores sofrem de excesso de trabalho ou de esgotamento e os seus gestores diretos raramente reparam. Assim como 67% dos não-gestores afirmam que os seus líderes não correspondem às expectativas de perceber o seu bem-estar mental.
Carla Rebelo, CEO da Adecco Portugal afirma que “os líderes precisam de ter competências transversais fortes, como a empatia e inteligência emocional, o autoconhecimento, capacidade de escuta ativa, que são essencialmente traços de um perfil de liderança inclusivo, essenciais para detetar mais facilmente os sinais de stress e poder ajudar um profissional antes de uma escalada maior na doença mental”.