Cinco perguntas que se deve fazer para dominar a mentalidade empresarial

Por: Jason Zickerman, presidente e CEO da The Alternative Board

A mentalidade forte e positiva de um empresário é realmente um dos maiores motores do sucesso empresarial. Mas o que significa essa mentalidade forte?

Os empresários bem-sucedidos são especiais. São maestros. São inovadores. São resistentes. Os melhores compreendem como conduzir vendas, liderar equipas e orquestrar crescimento. Talvez não surpreendentemente, muitos empresários partilham traços comuns que os posicionam bem, tanto no sucesso empresarial como pessoal. Estas qualidades estão relacionadas com a mentalidade, as competências e as atividades certas, tópicos frequentemente discutidos em reuniões do conselho de administração da TAB. Dos três, a mentalidade é o ponto de partida para a aceleração dos negócios, mas, ironicamente, é também o que normalmente nos impede de alcançar os nossos objetivos.

A mentalidade forte e positiva de um empresário é realmente um dos maiores motores do sucesso empresarial. Mas o que significa ter uma mentalidade forte? A resposta óbvia inclui a orientação, a atitude e talvez até uma boa dose de teimosia. Mas uma mentalidade verdadeiramente vencedora requer algo mais.

Requer autorreflexão.

Para avaliar a sua própria mentalidade, tanto como empresário como na sua vida pessoal, faça a si próprio estas cinco perguntas-chave:

Até que ponto estou empenhado?

Compromisso é o ato de se vincular, tanto na mente como em espírito, a um objetivo ou a uma linha de ação. Mas sejamos claros, ter um objetivo não é o mesmo que estar empenhado em atingi-lo. Um objetivo é algo que se quer alcançar, enquanto o compromisso é o impulso interior que o levará até lá.

O compromisso também é muito difícil de avaliar. Estabelecer objetivos e trabalhar para os atingir são visões padrão para a maioria dos empresários, mas qual é o limiar para ultrapassar contratempos, bloqueios e quebra de acordos ao longo do caminho?

Uma componente chave do compromisso é o planeamento inteligente. Não se limite a prever o sucesso, faça estratégias de como vai ultrapassar todos esses obstáculos inevitáveis ao longo do caminho.

Será que acredito no que estou a fazer?

Muitos empresários lançam os seus negócios com base numa combinação de conhecimentos pessoais e viabilidade de mercado. Mas, cada vez mais, estão a mover-se pela paixão. Talvez essa paixão esteja relacionada com a adição de produtos ou serviços importantes ao mercado. Pode manifestar-se como uma contribuição para o bem público. Ou talvez um empresário seja energizado pela inovação e pelo futurismo.

O catalisador específico para o lançamento do seu negócio é muito menos relevante do que a crença inata na importância do que está a fazer. Ao infundir significado e propósito para além dos objetivos financeiros no seu negócio e missão, aumenta substancialmente a sua mentalidade empreendedora.

Será que acredito em mim mesmo?

A autoconfiança é uma parte muito central na mentalidade vencedora de um empresário. Acreditar na própria capacidade de criar, gerir e fazer crescer um negócio requer muita autoconfiança e audácia. Mas é importante não confundir estes conceitos com coragem – e é sempre bom ter uma boa dose de medo. A capacidade de um empresário transformar o medo pessoal em ações positivas capacita-o a ser melhor líder. A autoconfiança permite-lhes assumir riscos calculados, permite-lhes aprender com os seus fracassos e permite-lhes aproveitar os seus talentos para atingir os seus objetivos. Se lutar contra as suas dúvidas e tiver ambições de empreendedorismo, agora é provavelmente uma boa altura para trabalhar no sentido de melhorar a sua confiança. Comece por reconhecer os seus pontos fortes, valorizando os seus talentos e confiando nas suas capacidades para tomar decisões inteligentes.

Vejo os contratempos como fracassos ou como oportunidades para aprender?

Embora não seja fácil de aceitar, na realidade, os empresários aprendem mais com os seus fracassos do que com os seus sucessos. O primeiro negócio de fabrico de automóveis de Henry Ford entrou em falência antes do lançamento da Ford Motor Company. A primeira banda desenhada de Walt Disney foi um fracasso. E Steve Jobs foi despedido da Apple. Naturalmente, foi posteriormente recontratado e passou a dominar a ascensão meteórica da tecnológica que se veio a tornar a maior empresa pública na história do mundo.

A questão é que os contratempos, mesmo em grande escala, são frequentemente as faíscas que põem em marcha a inovação e a autoresolução. O fracasso, aliado à curiosidade, pode servir como uma masterclass para empresários sobre o que funcionou, o que não funcionou e qual é o melhor caminho a seguir.

Tenho uma mentalidade fixa ou uma mentalidade de crescimento?

Ter a mentalidade certa é essencial para se tornar o líder empresarial ideal. Uma mentalidade fixa é um sistema de crenças limitador que presume que o talento, a inteligência e o caminho certo para o futuro são rígidos e imperdoáveis. Esta mentalidade pode ser debilitante para os empresários e para o sucesso das suas organizações. Pense em todas as vezes que ouviu um empresário dizer: “É exatamente como sempre fizemos aqui”. Onde é que eles estão agora?

Por outro lado, os empresários com uma mentalidade de crescimento estão abertos à inovação, à mudança e à superação de desafios. Acreditam que o talento pode ser desenvolvido através da experiência e da formação. Empresários com uma mentalidade de crescimento tendem a ser aprendizes para toda a vida. São inovadores nos seus próprios setores e em toda a sua indústria no geral. Uma mentalidade de crescimento é, de facto, quase um pré-requisito para o sucesso.

Demore algum tempo a refletir sobre estas importantes questões relacionadas com a mentalidade e como se aplicam ao seu caso. Pela própria natureza de mergulhar no tema e fazer uma pequena autodescoberta, quase de certeza que se qualifica como tendo uma mentalidade de crescimento e está muito mais perto de se tornar o proprietário de negócio que deseja ser.