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falta de resposta apoio ao cliente
Clientes reclamam falta de resposta das empresas (Foto: Divulgação)

Clientes reclamam falta de resposta das empresas

Marcas estão a ser acusadas de não prestarem apoio ao cliente. Entre as queixas estão os atrasos na entrega de encomendas, a não devolução de dinheiro e o aumento de preços em época de promoções.

Num mês marcado pelas compras natalícias, dezembro registou um volume de reclamações muito acima da média, tanto nas redes sociais das marcas como nas páginas das empresas no Portal da Queixa, que tem recebido uma grande quantidade de publicações por parte de clientes descontentes.

Com a evolução da pandemia e a implementação de restrições à circulação dos cidadãos, o comércio eletrónico aumentou consideravelmente face a anos anteriores. Este excedente não parece ter sido acompanhado pelas empresas que têm mostrado dificuldades em se adaptarem aos pedidos dos clientes.

As principais queixas dos consumidores incluem atrasos na entrega de encomendas, cobranças indevidas, não devolução de dinheiro e o aumento de preços em época de promoções.

Conforama desativou opções de contacto

A empresa de mobiliário desativou as opções de comentários e mensagens nas suas redes sociais após o aumento de reclamações por parte dos consumidores, que acusam a Conforama de não prestar serviço de apoio ao cliente.

Também no site oficial da empresa foram retirados os contactos diretos de apoio ao cliente, estando apenas disponível um formulário.

Nas redes sociais da marca é possível encontrar alguns comentários de clientes descontentes com a situação. Alguns consumidores chegam mesmo a ameaçar avançar para tribunal caso o problema não seja solucionado.

“O próximo passo vai ser abrir uma queixa crime contra a Conforama”, refere o cliente C.J. na rede social Twitter.

“Esta empresa não é séria, faz um mês que comprei um artigo e até ao dia de hoje nem artigo, nem devolução dos valores”, diz S.B., em comentário na rede social Facebook. “É uma falta de respeito e desinteresse tremendo, nem um único contacto a justificar”, acrescenta.

A.R., outra consumidora, classifica a Conforama como sendo “uma fraude”. “Alteram os preços dos produtos nas campanhas promocionais, não cumprem prazos de entrega e não respondem aos clientes”, explica a cliente.

JD Sports sem resposta sobre encomendas

A marca de moda desportiva, presente em Portugal há cerca de 30 anos, também tem registado um crescente de reclamações por, alegadamente, não cumprir com a entrega dos pedidos.

Na rede social Facebook, são vários os seguidores que acusam a empresa de não dar informação relativamente ao estado das encomendas.

“Fiz encomenda dia 15/12 e ainda não saiu de armazém. Já contactei várias vezes pelo site, agora foi por mensagem e por email. Continuo a aguardar resposta”, comenta um seguidor na página da JD Sports. “Neste momento já nem quero que me enviem o produto. Prefiro gastar o dinheiro numa compra noutro lugar”, acrescenta.

Também no Portal da Queixa as reclamações são várias, com a maioria dos clientes a acusarem a JD Sports de reter as encomendas em armazém, sem dar seguimento ao pedido.

“A encomenda encontra-se no armazém da loja há mais de uma semana. Já liguei e não me atendem, fui pessoalmente à loja e dizem não saber ajudar. Por email dizem que respondem até 48h mas não obtive resposta”, escreve a cliente J.A.

MRW acusada de falta de entregas

Também a transportadora MRW tem recebido queixas por falta de entrega das encomendas, com os consumidores a acusarem a empresa de não prestarem qualquer esclarecimento quando ao estado dos envios.

H.R., seguidora da empresa na rede social Facebook, declara que os serviços da empresa “dão informação de que a entrega será feita num dia, mas não entregam, não informam, nem atualizam a nova data de entrega”.

A mesma seguidora acusa ainda a MRW de atualizar a informação de envio das encomendas como “destinatário ausente”, quando afirma não “terem tocado à campainha”.

Na mesma rede social, A.L., outra seguidora, afirma ter-se deslocado a uma das centrais da MRW para obter esclarecimentos quanto à entrega de uma encomenda, tendo sido recebida por “um caos imenso”.

“Gostaria que as autoridades competentes na matéria acabassem de uma vez por todas com esta empresa que presta um serviço deplorável”, acrescenta A.L.

A PME Magazine tentou obter declarações destas três empresas com registo de grande número de reclamações, mas, até ao momento, não obteve respostas.