O cluster do mobiliário e afins encerrou o ano de 2020 com uma descida nas exportações avaliada em 14%, relativamente a 2019. O cluster que integra setores como mobiliário, colchoaria, assentos e outras atividades complementares, gerou um total de 1,58 milhões de euros em vendas para o exterior.
Depois de um início de ano de 2020 com sinais positivos em termos de crescimento homólogo, os primeiros meses da pandemia representaram grandes perdas para a dinâmica internacional que estes setores têm tido na última década, que vinha sendo marcada por um crescente volume de bens exportados.
Apesar de tudo, o segundo semestre do ano mostrou uma discrepância menos acentuada face ao período homólogo, com ligeiros crescimentos nos meses de julhos (1%), agosto (5%) e setembro (1%), seguidos de descidas reduzidas nos meses de outubro (-5%), novembro (-15) e dezembro (-2%).
Para Joaquim Carneiro, presidente da Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins, “os resultados do segundo semestre de 2020 demonstram a dinâmica das empresas deste cluster, que, mesmo perante circunstâncias sem precedentes, lograram continuar a encontrar novos mercados, oportunidades e soluções”.
De referir que, mesmo tendo em conta a queda das exportações, o cluster do mobiliário e afins conseguiu manter uma balança comercial superavitária, com mais de 700 milhões de euros de saldo positivo, e uma taxa de cobertura das importações pelas exportações de cerca de 180%.