Home / MERCADO / Economia / Cluster do mobiliário e afins com sinais de recuperação
cluster do mobiliário e afins mercado mercadoria carga exportações
O mercado francês e espanhol representam 34% e 26% das exportações nacionais (Foto: Pexels)

Cluster do mobiliário e afins com sinais de recuperação

Nos primeiros quatro meses do ano, as empresas do cluster do mobiliário e afins geraram cerca de 602 milhões de euros em vendas ao exterior. Este resultado vem confirmar as perspetivas de retoma do crescimento do setor.

De acordo com mais recentes dados da Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins (APIMA), entre os meses de janeiro e abril de 2021, as empresas pertencentes ao cluster do mobiliário e afins geraram 602 milhões de euros em vendas, superando os 465 milhões de euros registado no mesmo período do ano anterior. O resultado relativo a este ano vem confirmar as perspetivas de retoma do crescimento que o setor tinha vindo a demonstrar ao longo da última década.

Dos principais mercados deste setor, Reino Unido, França, Espanha, Alemanha e Estados Unidos da América (EUA), apenas o primeiro registou uma tendência de evolução negativa. Já o mercado francês representa 34% do total de exportações nacionais, seguido do espanhol com 26%.

No que concerne ao mercado alemão e americano, o primeiro “manteve-se como o terceiro (principal mercado) mais relevante, com uma variação ténue de 1%”, sendo que os EUA “conservam a tendência de crescimento do interesse nos produtos nacionais, com um aumento superior a 20% e um total de 30 milhões de euros”.

O presidente da APIMA, Joaquim Carneiro, não esconde a satisfação face aos “resultados alcançados, numa conjuntura particularmente desafiante e marcada por uma grande imprevisibilidade”.

No entanto, mantém-se realista e salienta que “não podemos acreditar que as adversidades acabaram. Os primeiros meses de 2021 demonstraram que há um conjunto de consequências da pandemia, como a escassez e subida vertiginosa dos custos das matérias-primas, bem como dos transportes e fretes marítimo, que continuaram a prejudicar e a condicionar seriamente a atividade económica deste cluster”.

Tal como mencionado na nota da associação, o valor das importações da fileira também demonstrou um crescimento face a 2020 de cerca de 10%. Mesmo assim, a balança comercial destes setores “regista um dos saldos mais positivos de sempre”, no valor de 293 milhões de euros e uma taxa de cobertura das importações pelas exportações de 195%.