A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) defende que as atuais medidas de apoio do Governo às empresas tornaram-se insuficientes, defendendo que estas, atualmente, encontram-se numa situação económica mais complexa e difícil do que no ano passado, durante o primeiro confinamento.
Na sequência das audiências entre os parceiros sociais e o Presidente da República, no Palácio de Belém, o presidente da CCP, João Lopes, reiterou a necessidade do Governo promover mais apoios para atender às necessidades das empresas, destacando que as medidas já existentes são “insuficientes” e que chegam, muitas vezes, “atrasadas”.
Para João Lopes, o novo confinamento, imposto pelo Governo desde o mês passado, revela-se mais complexo do que o primeiro, uma vez que tem causado problemas “graves” às empresas que “estão exaustas e exauridas de meios”.
Na visão do presidente da CCP, a questão do desconfinamento deve ser cautelosamente planeada, para que não seja preciso recuar novamente, sendo necessário definir primeiro os atuais objetivos do confinamento.
João Lopes sublinha, assim, a importância de definir uma estratégia sólida para o fim do confinamento, que deve ocorrer “o mais cedo possível”, desde que os imperativos da saúde pública assim o permitam.
Para além da audiência com o líder da CCP, Marcelo Rebelo de Sousa reuniu também com a Confederação Empresarial de Portugal e com a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses.