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Foto de arquivo (Foto: Pexels)

Constituição de novas empresas aponta para recuperação

Ao longo do último trimestre tem vindo a notar-se um aumento da constituição de novas empresas, com especial incidência no mês de março, o que pode apontar para os primeiros passos de uma recuperação económica no país. A agricultura e o retalho foram os setores que mais cresceram em relação ao primeiro trimestre de 2020.

A constituição de novas empresas ao longo do último mês de março parece apontar para uma tendência de recuperação económica, com especial destaque para o setor da agricultura e do retalho que apresentaram crescimentos relativos ao primeiro trimestre de 2020.

No total, foram constituídas 3.507 novas empresas, o valor mais elevado desde janeiro e que surge mesmo tendo em conta as medidas restritivas de circulação e de atividade de empresas que tanto têm afetado a economia ao longo do último ano, principalmente o empreendedorismo.

Desta forma, o mês de março apresenta um crescimento de 42% face ao período homólogo, o que também é possível de se explicar com base no facto de que, em 2020, esse período coincidiu com o primeiro confinamento geral, existindo uma maior incerteza dada a novidade pandémica.

Analisando o primeiro trimestre deste ano, em comparação com o período homólogo, verifica-se um decréscimo de 16,9% no que à constituição de novas empresas diz respeito.

Nesse contexto e como referido, os setores da agricultura e do retalho destacam-se pela recuperação apresentada, registando um crescimento face ao ano anterior de 16% e 10%, respetivamente. Em sentido inverso, o setor dos transportes (-63%), alojamento e restauração (-39%) e serviços gerais (-31%) são os que apresentam maiores quedas em relação à constituição de novas empresas, comparativamente com o primeiro trimestre de 2020.

Geograficamente, é possível destacar os distritos de Bragança, Viseu, Évora, Beja e Coimbra como os distritos onde a criação de novas empresas, ao longo do primeiro trimestre deste ano, superou os valores apresentados em 2020. Os distritos geograficamente localizados no litoral são os que apresentam maiores perdas, com Faro (-30%), Lisboa (-29%), Coimbra (-26%) e Setúbal a liderar as zonas em que se verificou um maior decréscimo homólogo.

De referir que, neste primeiro trimestre, cerca de 2.895 empresas foram encerradas, o que representa um valor inferior em cerca de 16,7% face ao mesmo período do ano passado. Por seu turno, as insolvências registaram 571 novos processos nos primeiros três meses de 2021, correspondendo a uma subida homóloga de 1,9%.