Sexta-feira, Janeiro 10, 2025
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Custos das empresas associados aos benefícios de saúde vão aumentar

Os custos das empresas associados aos benefícios de saúde deverão aumentar, em média, 8,1% a nível global em 2022, um valor idêntico ao registado em 2021, de acordo com um inquérito a seguradores de saúde.

Em Portugal, é estimado um aumento de 5%, ligeiramente inferior ao registado em 2021 (6,5%) e um dos mais baixos da Europa, segundo revela o 2022 Global Medical Trends Survey, realizado pela Willis Towers Watson, empresa no setor da consultoria, corretagem e soluções, que apoia clientes em todo o mundo. 

A diferença de valores entre regiões é uma das notas no inquérito, segundo o qual, o aparecimento da Covid-19 em diferentes países e alturas, em 2020 e 2021, criou uma volatilidade considerável na utilização dos cuidados de saúde e respetivos custos no mundo.

Comparando entre regiões geográficas, espera-se uma variação de aumento dos custos entre os 14,2% na América Latina e os 6,7% da Europa. No Médio Oriente, estima-se uma subida de 10,6% e na Ásia-Pacífico de 7,6%. Um outro estudo da Willis Towers Watson indica que a projeção nos Estados Unidos da América é, também, de 7,6%.

De acordo com os resultados divulgados, Portugal está entre os países europeus com a menor projeção de aumento dos custos com os benefícios de saúde suportados pelas empresas. O valor previsto para o mercado português é de um acréscimo de 5% em 2022, abaixo da média europeia e do valor registado este ano.

Apenas o Chipre (2%), França (3,3%), Bélgica (4%) e a Grécia (4,75%) revelam previsões inferiores à portuguesa para o próximo ano. Não obstante, a projeção no Chipre pressupõe um incremento significativo face a 2021, quando o país registou um decréscimo de 3% nos custos com benefícios médicos. No outro extremo da tabela, encontra-se a Turquia, onde é esperado um aumento dos custos de 20,5%, a Roménia (13,8%) e a Hungria (10%).

De acordo com o 2022 Global Medical Trends Survey, a nível global, as seguradoras de saúde reconhecem que a pandemia ajudou a acelerar os serviços de telemedicina, sublinhando o potencial da redução de custos que os cuidados de saúde virtuais criam. Mais de metade das seguradoras agora oferecem telemedicina nos seus planos, 37% identificaram a adição deste serviço como a maior mudança nos seus portefólios de saúde em 2021.

Entre os inquiridos, 75% indicaram que usar redes de serviços contratados para todos os tratamentos é o método mais eficaz para gerir os custos médicos. A pré-aprovação para os serviços de internamento programados é a segunda ferramenta de gestão de custos mais eficaz e a telemedicina subiu do quinto para o terceiro lugar, sugerindo que cada vez mais seguradoras reconhecem o potencial para uma melhor gestão por meio do diagnóstico e tratamento remoto dos pacientes.

O principal motivador dos custos médicos continua a ser a utilização excessiva dos serviços de saúde, devido aos profissionais médicos recomendarem demasiados serviços ou sobre-prescrições. O excesso de utilização dos serviços de saúde por parte das pessoas seguras é o segundo principal impulsionador. A subutilização dos serviços de prevenção é também o impulsionador significativo dos custos e tem crescido todos os anos.

As seguradoras nomearam o cancro, a doença cardiovascular e a musculosquelética como as três principais condições por custo. Os inquiridos classificaram a doença musculosquelética como a principal por incidência de queixas em 2021, em comparação com o quinto lugar em 2020.

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