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Lyana Bittencourt
Lyana Bittencourt, CEO do Grupo Bittencourt (Foto: Divulgação)

Como acelerar o crescimento com sustentabilidade?

Por: Lyana Bittencourt, CEO do Grupo Bittencourt

Muitas vezes, uma empresa quando decide partir para a expansão, deseja garantir o crescimento e a sustentabilidade do negócio ao longo do tempo, procurando sobretudo conquistar mercado e diluir riscos de operar numa única economia. Soma-se a isso uma necessidade de criar um padrão de atuação que possa ser reconhecido em qualquer lugar do mundo, proporcionando a mesma experiência de marca a cada ponto de contato – seja no país de origem ou em mercados internacionais.

Essa empreitada, regra geral, é custosa para as empresas uma vez que exige uma boa dose de investimento a par de implicar um risco para a marca se a estratégia não for bem executada.

Entretanto, há uma forma da empresa reduzir o investimento, crescer mais rápido, ganhar mercado, manter a consistência da marca, alcançar novos consumidores, trazer parceiros estratégicos para o negócio e com tudo isso, expandir de forma exponencial sem precisar de operar nenhuma nova unidade. Refiro-me ao sistema de franquias. Se bem estruturado o processo de expansão ganha capilaridade com maior velocidade, cria barreiras para a concorrência e, consequentemente, amplia o valor da marca.

E não há barreiras para essa estratégia. Há diversas formas de se ingressar num novo mercado, com modelos contratuais que permitem desde a cessão de uso da marca de forma direta a empreendedores, seja com desenvolvedores de área – que procuram novos franqueados para a franqueadora gerir – ou ainda master franchising que fazem eles mesmos a gestão da rede em mercados internacionais.

A padronização no franchising não significa necessariamente rigidez no modelo. Sempre que for ingressar num novo país é importante uma flexibilidade da marca para atender à cultura local. E, para isso, estudos sérios devem ser feitos antes mesmo de se pensar em desembarcar num novo mercado.

O pré-requisito básico para transformar o negócio numa rede de franquias, é ter um modelo de sucesso. Ou seja, um negócio no qual o empresário já tem domínio da operação, tem processos bem definidos, é rentável, tem reconhecimento do seu consumidor e ainda o desejo de expandir e a consciência de que será necessário investir para estruturar o modelo de franquias e manter uma estrutura de suporte aos franqueados. Ao levar esse conceito para outro país a necessidade de suporte local faz-se mais do que necessária, o que exige da franqueadora uma dose extra de preparação.

Outro aspecto importante que vale a pena realçar é que a evolução da aplicação do franchising em diferentes modelos e formato de negócios, tem permitido às empresas utilizarem o máximo do potencial existente em determinados mercados, fincando a bandeira da marca em locais não explorados como outros países e continentes.

O poder do franchising transcende o seu conceito original, tradicional de expandir negócio. A proposta de valor central é atender de forma eficiente, no tempo certo e com qualidade, uma necessidade real do cliente. Sendo aceitável até a adaptação do modelo de negócio para esse fim.