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Estudo demonstra um crescimento positivo em relação à digitalização
Estudo demonstra um crescimento positivo em relação à digitalização (Foto: Pixabay)

Empresas apostam mais na digitalização, diz estudo da Manpower Group

De acordo com o estudo do ManpowerGroup, 30% das empresas portuguesas estão a desenvolver a sua digitalização, em resposta à atual situação pandémica. O estudo, que incluiu mais de 26.000 empregadores inquiridos, indica que as empresas que mais inovam são quem cria mais emprego. 

O estudo “Skills Revolution Reboot: os três R’s – Renovar, Requalificar, Redistribuir” faz uma análise ao impacto da pandemia na transformação digital e nas competências das empresas, indicando que só 16% dos empregadores nacionais não mantiveram a aposta nos seus projetos de digitalização. 

De acordo com o inquérito realizado em mais de 40 países (e a mais de 26.000 colaboradores), 86% dos inquiridos que apostam na digitalização afirmam ter mantido ou aumentado o número de colaboradores nas suas empresas, valor que se situa em cerca de 11% para aqueles que optaram por suspender os desenvolvimentos na área da digitalização.

Rui Teixeira, Chief Operations Officer do ManpowerGroup Portugal, salienta esta correlação entre automatização e criação de emprego, garantindo que “a pandemia acelerou de forma significativa o impacto da digitalização na forma como vivemos e trabalhamos”. 

Com a crise económica provocada pela Covid-19, o “desencontro entre os que dispõem de competências como elevada procura e aqueles que não as têm” é cada vez maior, algo que, contudo, é visto com bons olhos por Rui Teixeira, que acredita que o esforço das empresas na digitalização tem sido muito positivo, destacando que esse é “o caminho que teremos todos de percorrer, para ajudar os trabalhadores das áreas mais afetadas pela pandemia e dotar o país e as empresas do talento que necessitam para concretizar o seu desenvolvimento”.

Os resultados expressos no estudo indicam, ainda, que as grandes empresas são quem planeia digitalizar e contratar mais, por oposição às pequenas empresas, mais afetadas pela pandemia. Dentro dos setores que mais demoram a realizar este desenvolvimento, encontram-se as Finanças, Seguros, Imobiliário e Serviços, com apenas 21% das empresas destes setores a planearem aumentar a sua digitalização.

Particularizando o caso dos empregadores portugueses, no setor do retalho 16% dos empregadores apostam na digitalização atualmente, valor que se altera para 11% na indústria e 13% nas Finanças, Seguros, Imobiliário e Serviços.

Além disso, o estudo revela, ainda, que as competências mais procuradas (entre os que mantêm uma aposta na digitalização) passam por áreas como cibersegurança, gestão de projeto, análise de dados, marketing digital, logística e gestão de armazéns, entre outros.