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Conciliação entre a vida familiar e a vida profissional (Foto: Pexels)

Empresas que promovem conciliação entre trabalho e família adaptaram-se melhor à pandemia

A secretária de Estado da Igualdade, Rosa Monteiro, defendeu que as empresas que promovem a conciliação entre a vida profissional e a vida pessoal adaptam-se melhor à reorganização imposta pela pandemia, assinalando a adesão de 17 entidades novas ao Pacto para a Conciliação.

Entre organismos da administração central, universidades, empresas públicas e empresas privadas, 17 entidades irão assumir o compromisso de implementarem e certificarem um sistema de gestão da conciliação com base na norma portuguesa NP 4552:2016, na cerimónia que irá decorrer através da página online da Comissão para a Cidadania e a Igualdade (CIG).

O número de empresas e organismos que assumem o compromisso de aplicarem regras que facilitem a conciliação entre a vida pessoal e a vida profissional sobe, assim, para 75. O Pacto para a Confiliação começou em 2018 com 47 entidades, subindo para 58 no ano de 2019, entre 27 serviços ou organismos da administração pública, empresas públicas e instituições do ensino superior, 16 câmaras municipais e 15 empresas privadas, e que, neste momento, aumentou para 75.

Segundo a secretária de Estado, os pontos do programa têm vindo a tornar-se “ainda mais relevantes e pertinentes”. A governante relembrou, ainda, que algumas das soluções passaram pelo alargamento das licenças de parentalidade dos homens ou por medidas concretas de organização do trabalho, por exemplo.

“E estas empresas e entidades que já estavam num paradigma alinhadas com o [Programa] 3 em Linha e com a promoção ativa com a conciliação adaptaram-se melhor às necessidades de reorganização que a pandemia implicou”, afirmou a secretária de Estado, salientando ainda que a pandemia veio demonstrar a necessidade e a utilidade das medidas de conciliação.

“Recordo que quando iniciámos este processo, e sobretudo em organismos da administração pública, em que a flexibilidade em termos de organização, com trabalho remoto, por exemplo, eram afastados porque se entendia que havia um conjunto de obstáculos legais a esta realidade e era ainda experimentada e testada em poucas empresas e entidades que trabalhavam connosco”, disse Rosa Monteiro.

A secretária de Estado realçou que neste momento a discussão está em encontrar formas híbridas de teletrabalho que não penalizem o trabalhador e quem tem a maior carga de responsabilidades domésticas e familiares, já que muitas pessoas começaram a trabalhar remotamente.

“Diria que a crise pandémica só veio demonstrar a absoluta necessidade e capacidade de adaptação e criatividade na organização dos tempos de trabalho e dos vários tempos de vida”, disse Rosa Monteiro, acrescentando que  “há múltiplas possibilidades de organização que são igualmente motivadoras e que são igualmente garantia de uma performance de trabalhadoras e trabalhadores no mercado de trabalho”.

O INEM, a Agência Portuguesa do Ambiente, as Universidades do Porto e de Aveiro, a empresa Transportes Urbanos de Braga, a Parpública e o Centro Hospitalar do Baixo Vouga, estão entre as 17 novas entidades. Existem ainda 33 entidades certificadas com a norma NP 4552:2016, das quais 21 já aderiram ao Pacto para a Conciliação.

A Epal, a Eurest, a Gebalis, a Casa da Moeda, os municípios de Loulé, Olhão ou Tondela, a NovaDelta e a Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros, são algumas das 21 entidades já certificadas e que aderiram ao Pacto para a Conciliação.

Em 2019, conseguiu-se um apoio financeiro através do compete2020 que permitiu lançar duas linhas de financiamento para o apoio e certificação da norma portuguesa, que neste momento apoia 56 pequenas e médias empresas e 25 entidades da administração pública, segundo Rosa Monteiro.