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Raquel Rebelo, CEO da IFE by Abilways (Foto:Divulgação)

ExpoRH ‘muda-se’ para o digital: “Não podíamos ficar reféns de um vírus”

Mudam-se os tempos, muda-se a forma de fazer negócios e de estar nos eventos. A ExpoRH este ano será ExpoRH Live, a forma encontrada pela organização, IFE by Abilways, para fazer face a um vírus que deixou muitos reféns, mas do qual este evento quer agora distanciar-se.

“Não podíamos ficar reféns de um vírus que veio para ficar e paralisar à espera de que tudo voltasse a ser como era. E o digital era, e é, o único formato possível neste contexto. Diferente, sem dúvida, mas isso não é, de todo, mau. Temos de nos adaptar às circunstâncias, ao contexto, à mudança. Não podemos ter medo do que é diferente, só porque é desconhecido. Não faz qualquer sentido, ano após ano, centrarmos parte da ExpoRH na necessidade de antecipar e preparar as pessoas para a mudança, para a transformação digital, e quando somos verdadeiramente postos à prova não sermos capazes de dar um passo em frente e, também nós, mudar”, refere Raquel Rebelo, CEO da IFE by Abilways.

Que alterações, além do formato digital, serão visíveis então neste grande evento dos recursos humanos?

“Mantivemos as temáticas que estavam definidas e 95% dos oradores que estavam confirmados. Mas ao transformamos um evento de dois dias com salas paralelas num evento de uma semana com sala única para intervenções em horários diferenciados, flexibilizámos o acesso a todas as temáticas e respondemos a algumas das dificuldades apontadas pelos participantes do presencial que tinham de fazer escolhas e optar por assistir apenas a uma das salas. Neste formato, todos poderão assistir a tudo”, explica a responsável.

Além disso, foi desenvolvida uma plataforma para que os participantes possam interagir entre si, “através de mensagem, chat ou vídeo-chat; interagir com os oradores colocando as suas questões e dúvidas; descobrir novas soluções e serviços acedendo à área de exposição virtual e marcando reuniões, enviando mensagens ou fazendo videochamadas com os patrocinadores/expositores, desta vez no digital”, adianta Raquel Rebelo.

Para a responsável máxima da organização, o “grande desafio vai ser manter o interesse em alta para que os participantes voltem, todos os dias”.

Numa edição em que a experiência humana é o grande mote, Raquel Rebelo espera que o digital possa potenciar ainda mais esta nova experiência de socialização.

“No ano passado, em resposta a uma entrevista, disse que uma das grandes tendências que marcou o evento foi, precisamente, o human touch. O assumir que na fusão do digital com o físico, o humano e o social ganham relevância. Que a partilha e a colaboração são determinantes e que a emoção é o que nos define e nos torna únicos. E, agora mais do que nunca que ficámos privados do contacto, da emoção e do sentir, percebemos que é isso que nos define”, advoga.

Portuguesa ShakeIT potencia realização do evento digital

É na aplicação da ShakeIT que assenta a plataforma da ExpoRH Live. Nascida em 2012 para desenvolver software para web e mobile, desde cedo esta tecnológica portuguesa viu potencial em dedicar-se aos eventos.

Miguel Carneiro, fundador da ShakeIT

“A ExpoRH é um evento com um público bastante variado, de uma dimensão considerável e com uma excelente capacidade de comunicação com os participantes. Se o evento fosse presencial, contaria já com o nosso apoio para o desenvolvimento de uma app mobile, mas esta parceria ganhou uma nova dimensão quando o evento foi passado para o virtual. Parte do enorme desafio destas soluções é acrescentar valor a todos os participantes para além das sessões, e esse é o nosso principal ponto de diferenciação. A organização do evento foi incrível na abertura e transparência com que nos ajudou a definir a plataforma, e creio que este é o evento perfeito para tirar o melhor partido de uma solução como a nossa”, confessa, por seu turno, Miguel Carneiro, fundador da ShakeIT.

Para o responsável, o objetivo desta app é que o evento “vá bem para além das sessões”.

“Os participantes vão poder utilizar a plataforma para colocar questões, comentar a sessão em tempo real através de um live-chat, tirar notas e saber mais sobre quem vai falar, bem como dar feedback de cada sessão. Para ligar as pessoas, preparámos uma área de networking onde os participantes vão poder completar o seu perfil, ver quem está neste evento virtual, trocar mensagens e mesmo marcar uma reunião dentro da plataforma onde podem usar um vídeo-chat para conversarem. O engagement dos participantes é essencial e por isso mesmo não esquecemos a vertente de rede social, permitindo publicação de fotos e vídeos, comentários e discussão, bem como a conquista de medalhas virtuais, promovendo uma boa utilização da plataforma e – porque não – um pouco de competição”, aponta.

Além disso, refere Miguel Carneiro, e de estar disponível informação sobre patrocinadores e expositores, “os participantes poderão interagir com os representantes, marcar reuniões e falar por vídeo-chat com as empresas representadas”.

“Tudo isto ligado por um sistema de notificações e alertas em tempo real, que permitem à organização manter um canal aberto de comunicação com os participantes.”