As exportações portuguesas de cortiça atingiram um valor recorde de 1,133 mil milhões de euros contando com um crescimento de 12% face a 2020 e de 7% em relação a 2019, revelam os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), anunciou, na passada sexta-feira, a Associação Portuguesa da Cortiça (APCOR).
Para que fosse possível chegar a estes números históricos, foi preciso a contribuição do crescimento generalizado nos principais mercados, destacando a França, o maior exportador mundial de vinhos, e os Estados Unidos, a maior economia mundial e maior consumidor de vinho, representando, cada um, cerca de 18% do total exportado.
“Estes valores resultam de um crescimento nos segmentos de produto de mais valor acrescentado, o que permite ao setor da cortiça retomar a linha de crescimento da fase pré-pandemia, reforçando, ainda mais, a liderança mundial de Portugal neste setor”, indica João Rui Ferreira, secretário-geral da APCOR.
A indústria do vinho continua a ser o principal consumidor do setor e, em 2021, as rolhas de cortiça ultrapassaram os 800 milhões de euros em exportações e que totaliza 73% do valor histórico. Na área da construção e design, a cortiça também se destaca pelas suas características físicas e ambientais e por ser um material único que cresceu mais de 12% em relação a 2020.