Problemas na banca portuguesa e italiana vistos como potenciais de risco pelo FMI.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou, esta terça-feira, para o risco “mais saliente” para a economia global que representa o sistema bancário europeu, “em particular a banca italiana e portuguesa”.
Na atualização de verão do panorama económico mundial, o FMI refere que “outros riscos tornaram-se mais salientes” para o mercado mundial, nomeadamente a saída do Reino Unido da União Europeia.
“O choque do Brexit ocorre enquanto há heranças não resolvidas no sistema bancário europeu, em particular nos bancos italianos e portugueses, conforme identificado no Relatório de Estabilidade Financeira Global”, refere o Fundo, alertando para “repercussões macroeconómicas graves, nomeadamente por via da intensificação de stresses bancários, especialmente nas economias vulneráveis”.
A crise na banca em Itália tem marcado os últimos meses, estando as autoridades europeias a tentar arranjar forma de solucionar o problema e conter o impacto nas contas públicas.
Já Portugal vê-se a braços com o colapso do Banif, a capitalização da Caixa Geral de Depósitos e, mais recentemente, o impasse na venda do Novo Banco.
Fora da Europa, o FMI alertou ainda para a “dependência face ao crédito como fator de crescimento”, que “aumenta o risco de uma eventual disrupção do ajustamento na China”.
“As divisões políticas no seio das economias avançadas podem prejudicar os esforços para resolver os desafios estruturais de longa data e o problema dos refugiados”, refere ainda a entidade liderada por Christine Lagarde.