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José Miguel Baptista, diretor - Enterprise Risk Management & Engineering
José Miguel Baptista, diretor - Enterprise Risk Management & Engineering (Foto: Divulgação)

A importância de uma adequada gestão do risco

Por: José Miguel Baptista, diretor – Enterprise Risk Management & Engineering

O risco nem sempre merece a nossa melhor atenção e a sua gestão é deixada, muitas vezes, para segundo plano.

Para desenvolvermos mecanismos que permitam uma eficaz gestão de riscos, é necessário, em primeiro lugar, saber identificá-los, considerando que não existe apenas um único risco, mas sim um conjunto de vários. Estes serão, por sua vez, em maior número quanto mais complexa for a atividade em análise.

Como cada um destes riscos assume um grau diferente no desenrolar de cada atividade. Há que priorizá-los, alocando recursos à execução dos planos de tratamento daqueles classificados como os mais graves. Na Willis Towers Watson levamos a cabo essa identificação e classificação, utilizando metodologias testadas, aprovadas e aconselhadas pelos padrões internacionais de referência em matéria de Gestão de Risco.

A priorização dos vários riscos é estimada pela probabilidade de cada um se materializar no incidente e pelo impacto caso esse incidente ocorra. O objetivo é eliminar ideias pré-concebidas que existam sobre cada risco.

Depois de realizada a identificação, o mapeamento e a priorização do risco, há que fazer uma quantificação realista sobre quais serão os efeitos desse mesmo risco. Para tal, a Willis Towers Watson utiliza modelos analíticos que permitem uma aproximação mais correta ao que será a quantificação do risco. O primeiro passo desta quantificação deverá ser a otimização do apetite ao risco de cada organização, tendo em atenção o impacto que uma perda terá nos seus diversos indicadores económico-financeiros e a sua capacidade em absorvê-la.

Ainda na quantificação de risco é fundamental verificar a adequabilidade dos limites de indemnização e franquias dos programas de seguros, para conseguirmos alcançar o objetivo de minimizar o custo total do risco. Para tal, mais uma vez, a Willis Towers Watson recorre a modelos atuariais de impacto e severidade, alimentados não só pela experiência de sinistralidade de cada organização, mas também pelos dados setoriais recolhidos e os obtidos pela nossa experiência na gestão global de milhares de sinistros.

Por último, para ilustrar o que poderá ser um plano de mitigação/controlo de riscos fazemos uma referência ao plano de continuidade de negócio, que deverá acompanhar sempre o fluxo da gestão de risco. De facto, um Plano de Continuidade de Negócio não só permite reduzir o impacto de uma possível paragem, mas também otimizar as apólices de perda e exploração que são associadas aos programas de seguros. Permite ainda conhecer a empresa nas suas mais distintas áreas, começando pelo mapeamento dos riscos que lhe estão associados, a determinação das atividades e dos processos críticos estimando os tempos máximos de disrupção quando o evento se materialize, assegurar a viabilidade da empresa e definir quais os planos de controlo que devem ser implementados para repor a atividade num curto espaço de tempo.

Em suma, o objetivo da gestão de risco não é ser algo estático, mas sim um ciclo onde deverá haver uma constante monitorização, de forma a trabalhar no sentido de uma melhoria contínua.