Por: Diana Mendonça
O índice de preços ao consumidor no Reino Unido fixou-se em 9,4%, no mês de junho, alcançando o valor mais alto dos últimos 40 anos, de acordo com os dados do gabinete de estatísticas nacionais britânico (ONS).
O aumento de 0,3%, face ao valor registado em maio (9,1%), deve-se ao aumento dos preços da eletricidade, gás, alimentos, bebidas não alcoólicas e transportes, segundo a ONS.
A par destes aumentos, o gabinete de estatística britânico destacou os aumentos dos preços nos serviços de restauração e hotelaria assim como do vestuário e do calçado.
Segundo Grant Fitzner, economista-chefe do ONS, a subida da taxa de inflação foi provocada pelo aumento dos combustíveis e alimentos, “que foram apenas ligeiramente compensados pela queda dos preços dos carros usados”.
O Banco de Inglaterra receia que os aumentos de preços possam ultrapassar os 11%, até ao final do ano, gerando situações de risco, sobretudo, para as famílias mais pobres.
Nadhim Zahawi, ministro das Finanças britânico, diz que já está a trabalhar soluções com o Banco de Inglaterra para enfrentar o aumento dos preços.
A inflação homóloga na zona euro fixou-se nos 8,6%, no mês de junho. Já na União Europeia a taxa atingiu os 9,6%, de acordo com os dados do Eurostat.
Tal como no Reino Unido, o aumento da taxa de inflação da zona euro e da UE está a ser provocado pelo aumento dos preços da energia.