Por: Daniel Sá, diretor executivo do IPAM e membro do júri dos prémios Social CEO
Livros, artigos, cursos, seminários, vídeos. Não faltam recursos para qualquer um aprender sobre liderança. Apesar de vários aspetos comuns, também percebemos diferentes opções, estilos e caminhos para nos tornarmos num bom líder.
A informação estará sempre desatualizada já que a sociedade, os modelos de negócios, a cultura organizacional, o perfil da empresa, os objetivos corporativos bem como os colaboradores estão em permanente mudança pelo que a preocupação é um tema generalizado para todos aqueles que lideram.
Para complicar mais ainda, em cima de todo o conhecimento e ciência, entra depois em jogo a aptidão natural, o carisma e a personalidade de cada líder. Ficamos depois com a sensação de que algumas pessoas, independentemente da carga de livros e cursos consumidos, dificilmente conseguem liderar com sucesso.
Saltando para o universo do futebol, e olhando para a função dos treinadores, vemos neles os mesmos desafios que se colocam aos líderes empresariais. Com uma diferença significativa. As chicotadas psicológicas no futebol tendem a ser muito mais rápidas do que no mundo empresarial, colocando os treinadores sob uma pressão enorme para os resultados imediatos.
Voltando ao mundo empresarial e, independentemente do setor de atividade, dimensão da empresa e cultura organizacional, sabemos que um líder tem sempre uma enorme responsabilidade sobre os seus ombros. Planear, organizar, motivar, reportar, analisar, decidir, acompanhar, reagir ou pensar são apenas algumas das preocupações de quem lidera.
“Independentemente do setor de atividade, dimensão da empresa e cultura organizacional, sabemos que um líder tem sempre uma enorme responsabilidade sobre os seus ombros.”
Sendo líderes, os colaboradores esperam sempre resultados e ações acertadas. A tempo e horas. Comunicadas de forma exemplar. Não fosse já por si fácil a vida de um líder empresarial, o novo mundo digital abriu ainda mais uma enorme janela de exposição para quem lidera.
As redes sociais tornaram-se numa poderosa plataforma para os líderes empresariais comunicarem: para dentro, mas também para fora das suas empresas. Num estilo mais institucional ou independente. Mais amador ou mais profissional. Arrojado ou conservador. Poderoso, ou até ridículo.
Está nas mãos de cada líder decidir o seu perfil digital. Desde a invisibilidade até ao frenético que publica a um ritmo diário. Independentemente da opção, deixo apenas uma sugestão. Sejam genuínos. Não há nada pior do que ver alguém passar uma imagem fabricada online, muito menos um líder de pessoas.
