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Marca portuguesa de raquetes de padel cria fábrica em Braga

Por: Maria Carvalhosa 

A Quad Padel, que acaba de apostar três milhões de euros na abertura da única fábrica do género no país, foi concebida durante a pandemia, por Vasco Carvalho, um empresário com negócios em Portugal e em Moçambique. Assim nasceu, em Portugal, a primeira fábrica de raquetes de padel em carbono. Para nos contar mais sobre a marca e o seu processo de criação, Vasco Carvalho, um jovem de Braga, esteve à conversa com a PME Magazine.  

PME Magazine (PME Mag.) – De onde surgiu a ideia de criar a Quad Padel?

Vasco Carvalho (V. C.) – A criação da Quad surgiu durante a pandemia. Todo o tempo que estivemos fechados e isolados, deu para pensar em vários projetos e modelos de negócio, e tendo em conta a minha paixão pelo desporto e, especificamente, pelo padel, surgiu, então, a ideia de criar a Quad. Após uma análise de mercado, percebemos que as marcas estavam muito focadas no online, e sentimos que havia uma oportunidade para uma marca que trabalhasse, diretamente, com as lojas e com os clubes.

PME Mag. – Por que razão acha que ainda não existia no mercado uma marca de Padel com o carimbo português?

V. C. – Ao fazer uma análise de mercado, percebemos que as marcas de padel que existem em Portugal, são marcas cuja produção de raquetes é realizada na China ou no Paquistão. Existe uma marca portuguesa com produção de raquetes nacional, mas é com um conceito diferente do nosso, pois a sua matéria-prima é a base da cortiça. Ou seja, até hoje, não existia nenhuma marca portuguesa que produzisse raquetes em carbono, tecnologicamente evoluídas, que desse resposta às necessidades do mercado, numa altura tão competitiva como esta.

PME Mag. – Porque é que as vossas raquetes são produzidas com carbono?

V. C. – As nossas raquetes são produzidas em carbono, porque é um material que oferece uma resistência superior, um peso inferior e um compromisso de resistência/qualidade, também, superior.

PME Mag. – Qual é o objetivo da criação destas raquetes?

V. C. – Ao fim de nove meses de a marca ter sido fundada, começámos por fazer a compra, numa fábrica de raquetes espanhola, onde acreditávamos que tinham a melhor qualidade. Entretanto, devido à exigência do mercado e ao aumento da procura de diferentes países, como Dubai, Holanda, Paquistão, Bahrain, entre outros, o forecast não foi possível aumentar, e as outras opções que tínhamos eram aliar a produção à China ou ao Paquistão, o que estava fora de hipótese devido à fraca qualidade do material. A única solução, foi a de avançar para a construção de uma fábrica própria, garantindo, assim, o controlo da qualidade do produto e das entregas.

PME Mag. – Para além das raquetes de carbono, que outros produtos fabricam e oferecem?

V. C. – Para além das raquetes, temos também vestuário masculino, feminino e acessórios de padel.

PME Mag. – Quantas pessoas empregam na fábrica?

V. C. – A fábrica já se encontra em funcionamento, está localizada na Zona Industrial de 7 Fontes, em Braga, e atualmente emprega 14 pessoas.

PME Mag. – Onde se podem adquirir os vossos produtos?

V. C. – Os nossos produtos estão disponíveis no nosso website, de onde enviamos para todo o mundo, e em vários clubes e lojas de padel espalhadas de norte a sul do país. Temos, ainda, representantes da nossa marca em vários países.

PME Mag. – Quais as previsões de faturação para este ano?

V. C. – A nossa previsão de faturação para este ano é de 1 milhões de euros. Temos orçamentada uma produção de cerca de 12 mil raquetes em 2022, 70% nas exportações.

PME Mag. – Faz parte dos vossos planos expandir a marca para território internacional?

V. C. – Um dos nossos objetivos é esse, o de expandir a marca internacionalmente. Já temos representantes em muitos países, e queremos continuar a acrescentar outros tantos a essa lista. É uma estratégia que temos delineada. Relativamente à loja online, vendemos para todo o mundo.