De acordo com um estudo da “Marcas de Confiança”, os portugueses tendem em confiar mais nas entidades que percebem como mais seguras, como cientistas, bombeiros ou profissionais de saúde. Organização Mundial de Saúde e Serviço Nacional de Saúde no topo deste ranking.
Num estudo realizado pela “Marcas de Confiança” foi feita uma análise às “marcas” nas quais os portugueses sentem mais confiança, avaliando os aspetos de carácter pessoal, social e económico das mesmas, num ano profundamente afetado pela pandemia Covid-19.
Desde logo, destaca-se a confiança nacional, de forma generalizada, pela Organização Mundial de Saúde e pelo Serviço Nacional de Saúde. Em termos de profissões, a confiança é principalmente manifestada por cientistas ou investigadores, enfermeiros, médicos e bombeiros.
No que diz respeito à política, o estudo regista uma ligeira subida da confiança nos presidentes de Câmara, bem como nos líderes da oposição e no primeiro-ministro, sendo que este aumento não apaga a perceção da sociedade portuguesa de que nada poderá valer à política para dar a volta à crise económica antes do próximo ano, com 68% dos inquiridos a manifestarem a ideia de que a mesma se irá agravar ao longo de 2021.
Com a mudança dos modelos de atividade profissional, o teletrabalho mereceu uma confiança de 68% dos portugueses, que indicam que a grande maioria das empresas confia no desempenho dos seus colaboradores nesta circunstância.
Relativamente a personalidades, o destaque na confiança dos portugueses vai para Elvira Fortunato (Investigação Científica), João de Deus (Medicina), e Joana Vasconcelos (Artes Plásticas), sendo estes os vencedores nas suas respetivas áreas. Em termos de “Personalidade do Ano”, a distinção continua a ser feita a Marcelo Rebelo de Sousa, que contou com 42% dos votos dos inquiridos.
Num momento delicado em termos económicos, a segurança faz-se notar por uma atitude mais recetiva quanto ao consumo, com 37% a indicarem que, em 2021, irão fazer uma gestão mais rigorosa do mesmo. Neste sentido, as marcas nacionais, ou internacionais produzidas em Portugal, apresentam-se como representantes de uma maior confiança por parte dos portugueses.
De referir ainda que, num ranking elaborado pelo estudo, são cerca de 60 as marcas em que os portugueses mais confiam, com destaque para a Nestlé, a Essilor, a Nobre ou a Sagres.
Este estudo procura refletir sobre os níveis de confiança dos portugueses, bem como no impacto social que as profissões, instituições e marcas representam para os mesmos.