De acordo com o Banco de Portugal, a terceira vaga da pandemia Covid-19, com o consequente novo confinamento geral, provocou um menor impacto na atividade empresarial, apesar das diferenças entre setores se manterem semelhantes às verificadas aquando do primeiro confinamento.
O atual novo confinamento geral, provocado pela terceira vaga da pandemia Covid-19, teve um impacto menor na atividade empresarial, apesar de se verificar que as diferenças entre setores se mantiveram idênticas relativamente ao primeiro confinamento, de acordo com o Banco de Portugal.
Em comparação com o mês de abril de 2020, os resultados desta última edição do Inquérito Rápido e Excecional às Empresas, realizado pelo Banco de Portugal e pelo Instituto Nacional de Estatística, demonstram que, na primeira quinzena de fevereiro deste ano, as empresas analisadas registaram uma redução de 18% no volume de negócio. A referida quebra corresponde a cerca de metade da variação analisada em abril do ano passado.
Relativamente às diferenças setoriais, o estudo analisa que estas permanecem semelhantes às verificadas aquando do primeiro confinamento, com os setores dos serviços que envolvem contactos pessoais a apresentarem as quedas mais acentuadas. Assim, o alojamento e restauração destacam-se pelas suas quebras significativas, muito idênticas às que foram observadas durante o anterior confinamento.
Além disso, também as empresas registaram um impacto negativo em termos dos seus colaboradores a trabalhar efetivamente, alegando uma redução de 10% face ao período anterior à pandemia. A quebra referida tem uma representatividade de cerca de um terço da variação verificada em abril do ano passado.
Desta forma, o menor impacto do atual confinamento explica-se pela capacidade de adaptação e preparação dos agentes económicos, dada a aprendizagem e experiência adquirida ao longo do ano passado, bem como pelo enquadramento internacional mais favorável.