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Paulo Doce de Moura colabora pontualmente com a PME Magazine (Foto: DR)

Lidar com a mudança organizacional

Por: Paulo Doce de Moura, Manager Banca de Investimentos

 

A mudança organizacional é um dos maiores desafios que se coloca a qualquer pessoa. Quer tenhamos de liderar um processo de mudança, quer estejamos envolvidos numa mudança, todos nós temos que lidar com esta inevitabilidade da vida organizacional.

 

Desde mudanças em larga escala, como crises, reestruturações, fusões, aquisições, novas tecnologias, internacionalização, até mudanças de âmbito mais restrito, como novos procedimentos, novas equipas, novas funções, novas chefias ou novos projetos, a todos a mudança alcança.

Contudo, mudar nem sempre é fácil. Implica abandonar hábitos, rotinas, formas de pensar e agir que funcionaram no passado, mas que no presente deixaram de ser eficazes e que no futuro têm de ser diferentes. Mais do que um processo puramente racional, mudar toca os nossos sentimentos e as nossas emoções, suscitando tantas vezes reações inesperadas e aparentemente pouco lógicas.

Infelizmente, muitas tentativas de mudança organizacional fracassam. Uma das razões do fracasso prende-se com o acreditar que para mobilizar esforços para a mudança basta apresentar dados e argumentos, assumindo-se que a informação é suficiente para alterar modos de pensar e comportamentos.

No entanto, saber não chega para mudar. As emoções influenciam formas de pensar e de agir, e estão estreitamente interligadas com a motivação.

Levando as pessoas a sentir de forma diferente, por vezes através de experiências emocionais marcantes, é possível alterar a forma como as pessoas veem o mundo e, consequentemente, alterar os seus comportamentos. Em vez de impor mudanças, é necessário sensibilizar as pessoas para a necessidade de mudar e ajudá-las a mudarem-se a si próprias.

A mudança organizacional é, assim, uma viagem que não pode ser feita de forma solitária e unilateral, pois as organizações necessitam do esforço de todos. Para que esta viagem decorra da melhor forma, é fundamental:

  • Perceber como as pessoas reagem às mudanças;
  • Planear as etapas do processo de implementação da mudança;
  • Saber usar ferramentas para resolver as dificuldades que sempre aparecem ao longo do percurso.

Dominar estas três componentes essenciais para uma eficaz gestão da mudança, significa uma mudança com sucesso.

Mudar implica sair da zona de conforto individual e organizacional, o que pode motivar reações de resistência, ansiedade e stress. Há que assegurar que pessoas, equipas e organizações estão alinhadas no essencial – visão, direção, confiança e motivação.

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