A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) reviu ligeiramente em baixa as previsões de crescimento económico para este ano, apontando agora para um crescimento de 5,7%, menos 0,1% do que as previsões feitas em maio.
Em sentido contrário, a OCDE melhorou a perspetiva de crescimento para 2022, passando de 4,4% para 4,5%.
Segundo o relatório “Economic Outlook” da OCDE, as alterações justificam-se com uma “forte recuperação na Europa, a probabilidade elevada de apoios orçamentais nos EUA no próximo ano e menos poupanças das famílias, que irão melhorar as perspetivas de crescimento nas economias avançadas”.
O documento refere que o produto interno bruto (PIB) “ultrapassou agora o nível pré-pandémico, mas continuam a existir diferentes entre os países”, especialmente no que respeita ao emprego, “particularmente em mercados emergentes e economias em desenvolvimento, com taxas de vacinação baixas”.
A OCDE aponta que o impacto económico da variante Delta da Covid-19 “tem sido relativamente suave nos países com altas taxas de vacinação, mas reduziu o impulso em outros locais e colocou mais pressão nas cadeias de abastecimento globais e nos custos”.
Além disso, a instituição regista o aumento da inflação nos Estados Unidos da América, Canadá, Reino Unido e noutros mercados, justificado pelo aumento dos preços das mercadorias e dos custos de transporte marítimo. Contudo, esta mantém-se “relativamente baixa em muitas outras economias avançadas, particularmente na Europa e Ásia”.
Além disso, a OCDE alerta que mantém-se uma “incerteza significativa” no que respeita à evolução da economia devido à evolução do novo coronavírus.
Os governos, adianta a organização, “devem assegurar que todos os recursos necessários estão a ser usados para garantir a vacinação o mais depressa possível por todo o mundo, para salvar vidas, preservar rendimentos e controlar o vírus”.