Sábado, Novembro 30, 2024
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Oferta residencial em Portugal em mínimos de 15 anos

Por: Marta Godinho

De acordo com a Confidencial Imobiliário no âmbito da base de dados SIR-Sistema de Informação Residencial, o ano de 2022 registou oferta residencial em mínimos de 15 anos, contabilizando 47.200 fogos para venda em Portugal no quarto trimestre do ano. Nesta oferta, 37% dos fogos são novos (17.600) e 63% dos fogos são usados (29.600).

Este valor representa o volume trimestral de oferta mais baixo desde 2007 e reforça dois anos de constantes reduções na carteira de habitações disponíveis para venda em Portugal. Apesar de ténues, estas contrações refletem uma trajetória persistente, do qual 47.200 fogos registados no quarto trimestre de 2022 ficaram 25% abaixo dos níveis observados no início de 2021, que contabilizava um volume de 63.000 unidades.

Segundo Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, “a tendência de redução da oferta tem sido visível tanto na habitação nova como na usada, refletindo a dupla circunstância de existir uma baixa capacidade de reposição de produto novo e uma procura em expansão, o que tem resultado também num elevado ritmo de absorção dos fogos existentes. Esta falta de oferta estrutural continua a ser uma das principais razões para que o ritmo de valorização se mantenha tão elevado.“

As reduções da oferta têm sido verificadas, essencialmente, nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto. No quarto trimestre de 2022, as empresas portuguesas do Sistema de Informação Residencial (SIR) reportaram 20.700 fogos em oferta em Lisboa com um mínimo de 15 anos, em contraste com o stock observado (29.000) dois anos antes. Numa visão mais agravada, estes números reportaram menos de metade dos padrões deste mercado em 2009 e 2010, quando a oferta de stock por trimestre superou as 50.000 unidades.

Já no Porto, o volume de oferta no quarto trimestre de 2022 contava com 7.000 unidades. Apesar de representar um comportamento menos consistente (com trimestres a oscilarem entre comportamento de redução e de expansão), esta região também apresenta variações de mercado atualmente bastante diversas da década anterior. Entre 2009 e 2012, a Área Metropolitana do Porto constituía 20.000 fogos por trimestre em oferta e, apesar da tendência de decréscimo, o stock do quarto trimestre não foi o mais baixo em 15 anos, comparando com a realidade em 2019.

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