Em 2021, os pagamentos a retalho chegaram a um máximo histórico de 564,3 mil milhões de euros, segundo dados do Banco de Portugal (BdP). A justificar este crescimento está a crise pandémica e a mudança de hábitos dos portugueses, que passaram a fazer mais pagamentos eletrónicos.
No ano passado foram efetuados 3,1 mil milhões de pagamentos de retalho no valor total de 564,3 mil milhões de euros. Mais 13,7% e 12,5% em relação a 2020 e 3,3% e 7,9% face ao ano de 2019, respetivamente.
“As marcas mais evidentes da alteração dos hábitos de pagamento dos portugueses são a escolha de instrumentos de pagamento eletrónicos, em detrimento dos que são baseados em papel, uma maior preferência por compras presenciais e ‘online’ com cartão e o maior recurso à tecnologia ‘contactless’“, afirma o Banco de Portugal.
Ainda em 2021, as transferências, devido à pandemia, tiveram uma subida de 19% face a 2019, representando ao todo 58% do valor dos pagamentos efetuados, diz ainda o BdP.
Ainda segundo o Banco de Portugal, “os dados sobre as compras e os levantamentos de numerário entre 2019 e 2021 confirmam a crescente preferência por compras com cartão”, seja de forma presencial ou ‘online’, referindo que enquanto em 2021 as operações de compra cresceram 9,2% face a 2019 (mais 125,5 milhões de transações), os levantamentos de numerário diminuíram 20,2% (menos 90,7 milhões de operações).
Os cartões de pagamento continuam a ser o método de pagamento de eleição dos consumidores em Portugal.