Terça-feira, Abril 29, 2025
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“A nossa missão é melhorar a vida das pessoas através de mobilidade sustentável e eficiente” – Luís Cancela

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Por: Marta Godinho

A Cooltra é, mais do que uma empresa de aluguer de motociclos e scooters, uma empresa que procura implementar soluções de mobilidade ao alcance de tudo e de todos com respostas mais sustentáveis, seguras e eficientes. Em entrevista à PME Magazine, Luís Cancela, regional manager da Cooltra em Portugal, fala-nos um pouco sobre a empresa, os seus padrões de sustentabilidade e novo serviço de privatesharing e as perspetivas da empresa para a chegada do novo ano.

PME Magazine (PME Mag.) – Como é que carateriza a sua empresa?

Luís Cancela (L.C.) – Cooltra nasceu em 2006 em Barcelona como um grupo comprometido com a ideia de transformar as cidades em locais mais sustentáveis, seguros e eficientes. Pouco a pouco, começamos a implantar soluções de mobilidade ao alcance de todos, respondendo a qualquer necessidade, tornando-nos assim numa empresa líder a nível internacional graças à criação de novos modelos de aluguer que se expandiram por toda a Europa: o sharing e o aluguer de veículos sobre duas rodas para particulares, empresas e entidades de administração pública.

PME Mag. – Qual foi o grau de facilidade em trazer um projeto destes para Portugal?

L.C. – Podemos dizer que foi um passo quase natural. Isto, por um lado, devido à proximidade geográfica com Espanha, e por outro, pelo facto de ter um clima bastante favorável. Essencialmente, estes foram os dois fatores-chave que levaram a Cooltra a apostar no mercado português, onde chegou em 2017.

PME Mag. – Como é que se mantêm uma empresa focada em sustentabilidade nos dias de hoje?

L.C. – A nossa missão é melhorar a qualidade de vida das pessoas através de uma mobilidade mais sustentável e eficiente. Para isso, oferecemos soluções de mobilidade que contribuem para melhorar o ar nas cidades onde estamos presentes, graças aos nossos veículos elétricos que, além disso, contribuem para descongestionar o trânsito e reduzir o ruído das ruas. Esta missão, quando começámos há 16 anos, era quase utópica, mas, atualmente, não só o conseguimos, como é um objetivo partilhado pelos cidadãos e pelas administrações públicas. Isto faz com que a nossa empresa seja escolhida por milhões de pessoas e por centenas de empresas e entidades públicas, em toda a Europa para eletrificar a sua mobilidade. Não só partilham a nossa missão, como apoiam a nossa causa usando os nossos serviços.

PME Mag. – De que forma é que funciona o vosso novo serviço de privatesharing?

L.C. – Temos 3 modalidades para empresas: Por um lado, temos o privatesharing, através do qual uma empresa tem o seu próprio serviço de sharing (motos e bicicletas elétricas) privado. Colocamos à disposição uma frota de veículos, uma app de gestão própria, capacetes, entre outras vantagens, para as empresas usarem como quiserem/necessitem. Por outro, oferecemos sharing para empregados, ou seja, são tarifas fixas para empresas, para que os seus empregados possam circular com nosso serviço de sharing. Estamos em 7 cidades europeias com uma frota de quase 10.000 motos elétricas. Em Barcelona, temos também um serviço de bikesharing de 650 bicicletas. Também disponibilizamos crédito para funcionários . Na prática, as empresas compram crédito (1.000, 5.000. 8.000 euros, valor à medida) e repartem pelos seus empregados ou clientes como quiserem. Pode até ser um presente da empresa.

PME Mag. – Quais são as expetativas quanto a este novo serviço?

L. C. – Esperamos ajudar as empresas a ter acesso a condições de mobilidade sustentável para os seus colaboradores. É um serviço que está preparado para satisfazer as necessidades das empresas e dos seus colaboradores. Isto porque, além de possibilitar uma melhor eficiência da mobilidade pessoal e profissional, tem incluídos serviços associados ao uso dos veículos, nomeadamente o seguro contra terceiros (para as motos), as revisões e manutenções, a assistência em viagem, o capacete e ferramentas de telemática (GPS). Tudo isto, numa única mensalidade.

PME Mag. – Os veículos utilizados estão em conformidade com os valores e princípios da Cooltra?

L. C. – Toda a frota disponível é elétrica, por isso está conforme os valores e princípios da Cooltra. A Cooltra sempre assumiu um forte compromisso com a sustentabilidade, através da promoção da mobilidade elétrica, mais eficiente e amiga do ambiente, contribuindo assim para melhorar a qualidade da cidade.

PME Mag. – Sente que ainda existe muita coisa a fazer quanto a questões de sustentabilidade por parte das empresas portuguesas e espanholas?

L. C. – Apesar da sustentabilidade ser uma preocupação crescente na nossa sociedade e economia, ainda há muito por fazer. Mas, consideramos que estamos no caminho certo. Estamos empenhados em sensibilizar empresas e entidades em adotar medidas que lhes permita ter uma atividade mais sustentável. Por isso, a Cooltra está sempre a inovar e a desenvolver serviços para oferecer soluções, tanto a particulares como empresas ou administração pública, que permitem mudar os seus hábitos em prol de uma mobilidade mais ecológica.

PME Mag. – Que valores destaca para empresas que decidam apostar mais na sustentabilidade?

L. C. – Os valores de uma empresa são os princípios, as motivações que determinam a sua gestão, as ações e comportamentos de todos os que dela fazem parte e que são a base de qualquer cultura organizacional. Mas acima de tudo, são empresas que se preocupam com o impacto que a sua atividade tem no meio ambiente, adotando práticas que minimizam a sua pegada ecológica. A sustentabilidade pode ser suportada por três pilares: ambiental, social e governança. Compete a cada empresa assumir o compromisso de os desenvolver alinhados com esta preocupação.

PME Mag. – Quais são as vossas perspetivas para 2023?

L. C. – Para 2023, a nossa ambição é continuar a crescer em todas as nossas áreas de negócio, consolidar a nossa presença nos 8 países europeus onde operamos e desenvolver o nosso plano de expansão. Com 2022 a terminar, o Grupo prevê ultrapassar os 45 milhões de euros em receitas, o que será um ano recorde na sua história. Em 2021, já tínhamos tido uma faturação global de 31,7 milhões de euros, o que representou um crescimento de 44% face ao ano anterior, colocando a empresa em níveis pré-pandemia.

Banco Português de Fomento lança linha de apoio às empresas

Por: Marta Godinho

Afetadas pelo aumento dos custos energéticos e das matérias-primas e pelas perturbações nas cadeias de abastecimento ao promover uma linha de crédito de 600 milhões de euros, já se encontra aberta a linha de apoio dirigida às empresas, sendo que o Banco Português de Fomento (BPF) e a Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI) apresentaram condições.

Em comunicado oficial, o BPF referiu que a linha de apoio foi “criada no âmbito de um conjunto de medidas de apoio às empresas e às entidades da economia social, para combater o aumento dos preços da energia e mitigar os efeitos da inflação, decorrentes do atual contexto geopolítico. Esta medida destina-se a apoiar as empresas especialmente afetadas pelo aumento acentuado dos custos energéticos e das matérias-primas, bem como pelas perturbações nas cadeias de abastecimento”.

A linha de apoio ao aumento dos custos de produção é gerida pelo BPF e destina-se a micro, pequenas e médias empresas, “small mid cap”, “mid cap” e grandes empresas com atividade em território português. Todas as empresas devem ter registos financeiros como aumentos importantes do peso de custos energéticos, do peso de custo das mercadorias vendidas e de matérias consumidas ou importantes das necessidades de fundo de maneio.

As operações de crédito desta linha de apoio destinam-se ao reforço de fundo de maneio para estas empresas “através de empréstimos de curto, médio e longo prazo (até oito anos, após a contratação, com 12 meses de carência de capital)”, acrescenta o BPF.

Todas as empresas envolvidas na linha de apoio beneficiarão de uma garantia prestada pelas sociedades de garantia mútua (Agrogarante, Garval, Lisgarante e Norgarante) “destinada a garantir até 70% do capital em dívida, a cada momento”, havendo uma contragarantia de 80% do FCGM, gerido pelo BPF.

As microempresas podem financiar-se até 50 mil euros, as pequenas empresas até 750 mil euros e as médias, “small mid cap”, “mid cap” e grandes empresas até 2,5 milhões de euros. O próprio BPF afirmou que o valor do financiamento “não pode ultrapassar o maior valor entre 25% do volume de negócios ou 50% dos custos energéticos, ambos medidos em termos médios face ao verificado nos últimos três exercícios”.

De forma a candidatarem-se à linha de apoio, as empresas terão de contactar os bancos ou as sociedades de garantia mútua.

Mercadona aprova aumento de salários

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Por: Martim Gaspar

De acordo com o Modelo de Qualidade Total da empresa, a empresa de supermercados Mercadona vai aumentar o salário base de toda a sua equipa de acordo com o IPC definitivo de dezembro de 2022.

Esta medida entrará em vigor a partir de janeiro, afetando os salários dos 96.000 colaboradores da empresa. O objetivo da seguinte medida é manter o poder aquisitivo de todas as pessoas que fazem parte da Mercadona, pois “são o melhor ativo dos clientes”.

Tendo em conta o contexto inflacionário da atualidade e o aumento dos salários dos seus colaboradores em 2022, a Mercadona procurou implementar um conjunto de medidas para justificar a subida dos custos fixos. Entre elas, as melhorias na digitalização dos seus processos e o compromisso de consciencializar toda a equipa na análise dos custos incorridos. No final do ano, a empresa verificou um aumento da produtividade de 9% e uma poupança de custos de mais de 200 milhões de euros.

No passado mês de outubro, a Mercadona anunciou que vai aumentar em 11% o salário de entrada dos seus colaboradores em Portugal.

Eletricidade, gás, rendas e transportes sobem em 2023

Por: Marta Godinho

2023 é o ano para a implementação de novas mudanças na carteira e vida dos portugueses. Fique a par de algumas destas apresentadas abaixo.

Quanto ao aumento dos preços, a eletricidade aumenta 1,6% em janeiro de 2023, sendo que está previsto uma ascensão de 3,3% face à média deste ano, anunciado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). Quanto ao mercado liberalizado, a EDP Comercial vai aumentar 3% o valor da fatura da eletricidade dos clientes residenciais, a partir de hoje. Já a Endesa, prevê a estabilização do valor global das faturas de eletricidade dos seus clientes em 2023, apenas passando a incluir o custo do mecanismo ibérico, mas reduzindo os preços da eletricidade. A Iberdrola vai descer a sua fatura de eletricidade para 15% em média este ano e a Galp vai reduzir as faturas da eletricidade em 11% em média, a partir do começo de 2023.

O gás vai aumentar 3% já este mês de janeiro para os clientes mais representativos do mercado regulado depois do desvio evidenciado nas previsões dos preços de aquisição.

As rendas vão aumentar já a partir deste ano até 2%, segundo dados publicados no Diário da República, em outubro, sobre a mitigação do impacto da subida dos preços.

A partir de janeiro, o preço das portagens vai aumentar 4,9% anunciado pelo Ministro das Infraestruturas que considerou “equilibrada” a solução possível de chegar. Foi reforçado que “2,8% serão responsabilidade do Estado e o remanescente, até 9,5% ou 10,5%, será suportado pelas concessionárias”.

Quanto aos transportes, a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) divulgando que a atualização dos tarifários dos transportes prevista era de 6,11% (taxa de variação média do Índice de Preços no Consumidor como valor máximo, exceto habitação). Os preços dos passes do tarifário Navegante e bilhetes ocasionais da Carris Metropolitana vão manter-se iguais. Apenas os bilhetes ocasionais do tarifário intermodal da Andante (Área Metropolitana do Porto – AMP) vão sofrer um aumento de 1%.

No mundo das telecomunicações, a Altice Portugal vai recorrer à atualização dos preços a partir do mês de fevereiro, sendo que clientes com apenas voz fixa e reformados com planos de reformados estão excluídos deste aumento.

O preço das inspeções técnicas de veículos também vai aumentar de 25,85 euros para 27,80 euros para ligeiros e de 13,02 euros para 14 euros nos motociclos, mais iva. Quanto aos veículos pesados, a inspeção passa de 38,69 euros (sem iva) para 41,60 euros.

Sobre os salários e pensões, o salário mínimo nacional vai passar de 705 euros para 760 euros brutos; o salário da função pública aumenta 52 euros (2%) para os trabalhadores que podem receber até 2.600 euros. Ademais, o subsídio de refeição passa para 5.20 euros. No setor privado, foi acordada uma valorização de 5,1% sobre os salários em 2023, sendo que os aumentos dependem das empresas e acordos coletivos, e não do governo.

No caso das pensões, estes vão aumentar entre 4,83% e 3,89% e o Indexante de Apoios Sociais (IAS) aumenta 8,4% para 480.43 euros. A atualização das pensões fica abaixo do que resultaria da fórmula prevista na lei – que tem em conta a inflação média sem habitação conhecida em 30 de novembro e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) -, tendo sido complementada com o pagamento extra de um valor equivalente a meia pensão e que já foi disponibilizado em outubro.

A idade para o acesso legal à reforma fixa-se nos 66 anos e quatro meses (menos três meses face a 2021). Em 2023, o pedido de reforma antecipada tem uma penalização mais reduzida: o fator de sustentabilidade é de 0,8617, o que implicará um corte de 13,8%. Esta penalização aplica-se às pensões cujo pagamento tem início antes da idade legal da reforma, salvo exceções previstas na lei.

Por fim, vai haver uma descida do IRS em 2023 que levará as famílias portuguesas a pagar “menos 2000 milhões do que com as regras de 2015”, segundo o primeiro-ministro, António Costa.

PME com obrigação de faturação eletrónica a partir deste ano

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Por: Martim Gaspar

A partir de 1 de Janeiro de 2023, as PME e microempresas passam a ser obrigadas de enviar faturas eletrónicas às administrações públicas. Segundo a SERES, empresa especialista em serviços de intercâmbio eletrónico seguro de documentos, todas as faturas eletrónicas devem incluir o código ATCUD ou “Código Único do Documento”, que deve aparecer em todas as páginas do documento se este tiver mais do que uma página.

O objetivo da nova medida será a implementação gradual da faturação eletrónica entre PME e microempresas, pelo que o Governo estabeleceu que, até ao final de 2023, as empresas poderão utilizar o formato PDF, com o objetivo de assegurar que todas as empresas se adaptem ao formato de faturação eletrónica da melhor forma possível.

“A rapidez de processamento, a deteção e redução de erros através da automatização de processos de faturação, a retroalimentação de estados de faturas em minutos, a redução da pegada ecológica, são apenas algumas das vantagens da fatura eletrónica que culminam numa cobrança das faturas em tempo recorde”, sublinha Tiago Cancela, Sales Manager & Corporate Liaison da SERES Portugal.

Atualmente, Portugal é um dos países europeus que apresenta mais atrasos na implementação da faturação eletrónica no setor público. Entretanto, países como a Itália, Espanha, França e Bélgica têm introduzido o sistema de faturação eletrónica nos últimos anos.

Segundo o estabelecido nos regulamentos europeus, o prazo de implementação deste tipo de faturação era abril de 2020, o que significa que Portugal encontra-se cerca de três anos atrasado em relação à data estipulada.

CP alerta para nova perturbação já amanhã

Por: Marta Godinho

Esta segunda-feira, dia 2 de janeiro, termina a greve dos trabalhadores dos Comboios de Portugal (CP), mas começa uma nova paralisação dos maquinistas esta terça-feira, dia 3 de janeiro, que estará em vigor até 6 de janeiro.

A greve do trabalho suplementar, que começou desde o dia 23 de dezembro, prevê agora perturbações na circulação entre o final de 3 de janeiro e o início de 6 de janeiro devido à greve convocada pelo Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ).

Os trabalhadores da CP vão exercer o direito de greve ao trabalho extraordinário e nos dias de descanso entre as 00h00 de 3 de janeiro e as 23h59 de 8 de janeiro. Entre as 00h00 de 4 de janeiro e as 23h59 de 5 de janeiro, os trabalhadores das categorias representadas pelo SMAQ vão estar em greve à prestação de qualquer trabalho, pode ler-se em nota no site do SMAQ.

A CP reportou, em comunicado, que são previstas perturbações na circulação mais acentuadas e com “especial impacto” entre o final de 3 de janeiro e o início de 6 de janeiro.

Os dias 4 e 5 de janeiro vão apresentar serviços mínimos para serviços Alfa Pendular e Intercidades, Regional, InterRegional e Internacional, Comboios Urbanos do Porto e de Coimbra e Comboios Urbanos de Lisboa.

Os reembolsos vão ser possíveis no valor total do bilhete para todos aqueles que já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, InterRegional e Regional ou para “a sua revalidação gratuita para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe”.

Segundo nota no site do SMAQ, a greve foi marcada pela “falta de respostas” da CP e da tutela e pela “gritante ausência de uma proposta de atualização salarial que cubra a inflação registada em 2022”.

“Procuramos ter impacto nas empresas e nas sociedades onde trabalhamos” – Richard Mello

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Por: Marta Godinho

A Digital Selling é uma empresa que se foca num serviço completamente inovador para o mercado português que gera leads através de outsourcing de vendas para o mercado B2B (modelo de negócio em que o cliente final é uma outra empresa e não uma pessoa física). Estão a crescer cada vez mais junto do mercado português e já apresentam ainda mais propensões a longo prazo no estrangeiro. Em entrevista à PME Magazine, Richard Mello, CEO da Digital Selling, fala-nos um pouco sobre a empresa, os principais processos de análise e avaliação do seu mercado e oportunidades de negócio e planos para o ano que se aproxima a passos largos.

PME Magazine (PME Mag.) – Como carateriza a empresa?

Richard Mello (R. M.) – A Digital Selling trouxe um serviço inovador para o mercado português: Geração de Leads através do Outsourcing de Vendas para o mercado B2B. O papel da Digital Selling é analisar o mercado e identificar onde estão as grandes oportunidades de negócio. Posteriormente, somos responsáveis por contactar e promover reuniões com potenciais clientes. De uma forma simples, analisamos o mercado, identificamos os potenciais clientes de acordo com uma série de variáveis e conectamos os nossos clientes a contactos altamente qualificados, os leads qualificados.

PME Mag. – Quais são as formas que utilizam para analisar o mercado?

R. M. – Há três pilares básicos para a análise: O primeiro é a análise da carteira de clientes atual e identificar quais são os mais rentáveis, o que chamamos de “Perfil de Cliente Ideal”. Depois, identificar dentro do perfil ideal de cliente quem são as pessoas responsáveis pela compra, ou seja, os decisores, influenciadores e utilizadores. Por fim, fazer um dimensionamento de mercado: quantas empresas com este perfil identificado estão no mercado. A partir daqui segmentamos entre quem está pronto para comprar e quem ainda precisa de ser educado através de conteúdos específicos. Ao obter essa informação, conseguimos validar a quantidade de leads que devem ser abordados, para assim entregar o número de reuniões que o cliente necessita para atingir o objetivo de vendas. Claro que para cada mercado em específico há uma taxa de conversão diferente.

PME Mag. – Como é feito o processo de seleção de novas oportunidades de negócio?

R. M. – Como costumo dizer: casa de ferreiro, espada ninja na montra. O mesmo processo que realizamos com nossos clientes é o que realizamos internamente, uma vez que somos o nosso próprio caso de sucesso. A diferença é que temos os nossos requisitos internos onde focamos exclusivamente em empresas B2B, na sua área de atuação, o tamanho da equipa comercial e vendas, entre outros.

PME Mag. – Qual é o testemunho que pode dar em trabalhar tanto com empresas nacionais como internacionais?

R. M. – Cada mercado possui as suas peculiaridades, e na minha opinião, tudo está diretamente ligado aos KPIs. Por exemplo, o ciclo de vendas em Portugal é diferente do de países como Brasil e Espanha. Em Portugal, leva cerca de 90 dias a fechar um negócio, em Espanha 60 dias e 30 dias no Brasil. Outro ponto é a cadência de prospeção e canais de comunicação. Na Europa, a cadência é mais espaçada e o tom do copywrite mais formal, diferente da América Latina, em que a cadência é mais curta e o copy mais informal. Tudo isto tem a sua influência.

PME Mag. – Quais são os planos para 2023?

R. M. – Entre Portugal, Espanha e Brasil, países onde já temos escritórios, o nosso objetivo é ter uma receita em 1,5 MM. Em Março, iniciamos as nossas operações no Estados Unidos, o que vai ser um desafio por ser um mercado maior e mais maduro. Outro ponto importante é fazer crescer a equipa. Somente em Portugal, queremos contratar 20 pessoas entre Lisboa e Porto. O nosso pensamento é “global-local”, procuramos ter impacto nas empresas e na sociedade dos países onde trabalhamos.

Taxa de inflação diminuiu para 9,6% em dezembro

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Por: Marta Godinho

Segundo dados do Índice de Preços no Consumidor (IPC), a taxa de variação homóloga terá diminuído para 9,6% em dezembro, valor abaixo do mês anterior, segundo os dados apresentados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Pelos dados divulgados esta sexta-feira, 30 de dezembro, no conjunto de 2022, as estimativas apontam para uma taxa média de 7,8%.

“Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá diminuído para 9,6% em dezembro, taxa inferior em 0,3 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior”, pode ler-se no relatório do INE.

O índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos (o indicador de inflação subjacente) constatou uma variação de 7,3% (mais 0,1% face ao mês precedente), representando uma das taxas mais elevadas desde dezembro de 1993. A taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos terá reduzido para 20,9% (face aos 24,7% registados no mês anterior) enquanto o índice dos produtos alimentares não transformados ficou nos 17,6% (face aos 18,4% registados em novembro). Isto contrasta com a aceleração estimada nos produtos alimentares transformados que registaram uma variação de 17,5% (face aos 16,8% registados no mês anterior).

A variação do IPC foi de 0,3% negativos (comparado com os 0,3% registados em novembro e nula em dezembro do ano passado).

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) nacional registou uma variação homóloga de 9,8% (face aos 10,2% registados no mês anterior).

Aprovada taxa sobre lucros excessivos nos setores de energia e distribuição alimentar

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Por: Martim Gaspar

Numa nota publicada na página da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa promulgou hoje o diploma que regulamenta as contribuições de solidariedade temporárias sobre os setores da energia e da distribuição alimentar.

Em causa estão os lucros excessivos gerados nos setores anteriormente referidos. Segundo o diploma, aprovado a 22 de dezembro, a aplicação desta taxa ocorre quando os lucros, relativos a cada um dos períodos de tributação, excedam 20% de aumento em relação à média dos lucros nos últimos quatro períodos de tributação.

Porém, o diploma declara uma isenção desta taxa para as micro e pequenas empresas, no entanto, esta isenção não será aplicável quando estiver em causa um sujeito passivo abrangido pelo “regime especial de tributação dos grupos de sociedades” ou se o “volume de negócios do grupo de sociedades por referência ao período de tributação em causa for superior a 100 milhões de euros”, pode ler-se na nota.

As empresas que excederem a margem de 20%, terão que pagar uma taxa de 33%. O Governo considera que a seguinte taxa irá gerar 50 milhões a 100 milhões de euros, nos dois anos em que será aplicada.

AEP alerta Governo para as consequências da greve portuária

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Por: Martim Gaspar

A Associação Empresarial de Portugal (AEP) alerta o Governo para as consequências que a greve nacional das administrações portuárias está a provocar na economia e nas empresas. Numa carta, enviada hoje ao governo, os constituintes da AEP expressaram as suas preocupações para com o bloqueio que a importação e a exportação de mercadorias está a sofrer.

É possível ler-se no comunicado enviado pela associação que os portos nacionais com maior capacidade iniciaram o desvio de carga para Espanha e outros portos internacionais, porém a maioria dos operadores económicos não tem essa possibilidade, encontrando-se paralisados no momento.

De acordo com o comunicado da AEP, as administrações portuárias são empresas públicas que distribuem dividendos ao Estado todos os anos. Contudo, as taxas portuárias não são uma receita comum. Segundo a lei do setor, estas servem para melhorar o serviço portuário.

De momento, “é urgente garantir a suspensão desta greve, impedindo piores consequências de ocorrerem”, pode ler-se. Por essa razão, a AEP apela para que ambas as partes relevantes se reúnam para encontrar soluções face aos problemas remuneratórios que estão a causar a dita greve.