Quinta-feira, Maio 1, 2025
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Fitch revê em alta crescimento da zona euro para 2023

Por: Marta Godinho

Segundo a Fitch, agência de classificação de risco de crédito, haverá um ligeiro “crescimento da zona euro para 0,2%” em 2023, face aos 0,1% anteriores, mas modifica para pior as estimativas mundiais, com o Produto Interno Bruto (PIB) a crescer 1,4%.

Em comunicado emitido esta terça-feira, a Fitch justificou que a revisão feita em alta da zona euro pelo facto de a “crise do gás europeu” estar a diminuir “um pouco”, registando, contudo, que as “subidas de taxas de juro mais acentuadas do Banco central Europeu (BCE) vão ter impacto na procura”.

Brian Coulton, economista-chefe da agência, afirmou que “a inflação está a revelar-se mais difícil de controlar do que o esperado à medida que as pressões dos preços se alargam e se tornam mais entrincheiradas”.

Tendo em consideração a disputa dos bancos centrais contra a inflação e as condições de perspetiva do mercado imobiliário chinês, a Fitch explicou, no seu Global Economic Outlook, que já reviu as previsões para o crescimento do PIB mundial para 1,4% já em 2023.

As esperanças da Fitch são de que “o PIB mundial cresça 1,4% em 2023″, face às estimativas de 1,7% apresentadas em setembro.

Incluindo as medidas aplicadas para combater a inflação, “a Fitch reduziu a sua previsão de crescimento nos EUA para 2023 para 0,2%, de 0,5%” e também houve uma diminuição da “previsão de crescimento da China para 2023 para 4,1%, de 4,5%, à medida que as perspetivas para uma recuperação na construção de casas desaparecem”.

O aumento dos casos de Covid-19 vai fazer com que a atividade a curto prazo na China arrefeça, sendo que “ a previsão de crescimento da China para 2022 mantém-se nos 2,8%”.

Estudo deteta problemas financeiros nas empresas

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Por: Marta Godinho 

O Estudo de Gestão de Risco de Crédito em Portugal realizado pela empresa Crédito y Caución e pela Iberinform desde 2010 mostra que 76% das empresas detetaram problemas financeiros nos seus clientes, 81% das empresas devem aceitar prazos superiores aos desejados e somente 43% cobram a menos de 60 dias.

Dentro do estudo, as PME são a porção com piores comportamentos, uma vez que 46% das empresas sentem-se obrigadas a aceitar a extensão de prazos de pagamento dos seus clientes. Este valor encontra-se quatro pontos percentuais acima do que se fazia sentir há um ano. Nas grandes empresas, 40% devem aceitar prazos superiores dos seus grandes clientes (sete pontos a mais do que há um ano) e a habilidade dos profissionais liberais imporem prazos de pagamento encontra-se nos 24% (um valor abaixo relativamente ao ano passado).

A lentidão empresarial faz-se sentir pelo crescimento da falta de disponibilidade de fundos por parte dos clientes (mais 10%) e por problemas financeiros cotados, para 76%, que se encontra à frente do atraso internacional (50%), da complexidade processual (14%), da faturação incorreta (6%) e dos conflitos de qualidade dos bens e serviços (2%).

Segundo este estudo, apenas 43% das empresas utiliza prazos de cobrança inferiores aos 60 dias previstos no Decreto-Lei nº 62/2013 (que transporta a Diretiva Europeia de medidas de luta contra os atrasos de pagamento nas transações comerciais). Este valor agravou-se sete pontos percentuais relativamente aos valores de 2021.

Ministro defende aposta no turismo para “minimizar” a recessão

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Por: Martim Gaspar

O ministro da Economia, António Costa Silva, afirmou, na cerimónia de tomada de posse da delegação da Madeira da Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (SEDES), que a aposta no setor do turismo poderá vir a “minimizar” o impacto de uma eventual recessão económica na Europa.

No evento, que teve como tema central “O papel da Madeira na economia nacional”, o ministro da Economia destacou o turismo como “um grande exemplo de que a diversificação pode eventualmente colmatar quebras que possam existir a partir da Alemanha ou do Reino Unido”, realçando Portugal como um “país que pela sua própria história está conectado a todos os continentes do mundo”.

“Se trabalharmos todos estes mercados de uma forma consistente, é possível superar, ou pelo menos minimizar, algum desse impacto”, disse.

António Costa Silva realçou o papel do Ministério da Economia nesta ação, tendo de estar ligado a todos os setores, a fim de compreender os problemas existentes e desenvolver um conjunto de medidas que “façam chegar o dinheiro o mais depressa possível às empresas”.

A importância dos arquipélagos da Madeira e dos Açores foi, ainda, realçada pelo governante, considerando que “o conceito de país arquipelágico muda toda a perspetiva estratégica”.

Serviços mínimos na TAP abrangem ilhas e países lusófonos

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Por: Martim Gaspar

Segundo um acórdão publicado esta terça-feira, os serviços mínimos para a greve dos tripulantes de cabine da TAP, que decorrerá na próxima quinta e sexta-feira, abrangerão as ilhas e países lusófonos.

De acordo com o documento publicado, serão assegurados três voos diários de ida e volta para os Açores, “sendo dois para Ponta Delgada e um para a Terceira” e “dois voos diários de ida e volta para a Região Autónoma da Madeira”.

Quanto aos restantes países, Angola, Brasil, França, Bélgica, Luxemburgo, Reino Unido, Alemanha e Suíça, haverá um voo de ida e volta nos dias de greve. Já Guiné-Bissau, Moçambique e Cabo Verde terão apenas um voo de ida na duração total da greve.

Para além de voos comerciais, também serão assegurados voos militares, por motivos de segurança ou emergência e de Estado.

A greve dos tripulantes da TAP, convocada pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil, decorrerá nos dias 8 e 9 de dezembro por motivos de “descontentamento, revolta e mal-estar” entre os trabalhadores. Com cerca de 360 voos cancelados e 50 mil passageiros afetados, é estimado uma perda de oito milhões de euros em receitas.

Blip inova na licença parental

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Por: Martim Gaspar

A Blip, empresa produtora de tecnologia e software para web e mobile, apresentou a sua nova política de apoio à parentalidade, a “Parental Choices”, contemplando, por exemlo, três meses extra de licença parental.

A nova política de recursos humanos da Blip será adotada no início de 2023 e, segundo o comunicado, será composta por três modalidades: uma com “três meses extra de licença parental financiados pela empresa”; uma com “três complementos financeiros, pagos anualmente até aos primeiros três anos do/a filho/a do colaborador.”; uma com “uma combinação das opções anteriores”.

Neste caso, o colaborador pode optar por combinar a licença parental extra e o apoio monetário, nomeadamente: “1 mês extra de licença + 2 complementos financeiros, ou 2 meses extra de licença + 1 complemento financeiro”, acrescenta a empresa em comunicado.

Patricia Carneiro, diretora de recursos humanos da Blip, explica que a nova política surge para apoioar os “colaboradores numa fase tão importante e crucial das suas vidas”

“Decidimos implementar este novo benefício, oferecendo a possibilidade de os mesmos usufruírem de três meses extra de licença, para aumento do tempo de bonding com os seus filhos nos primeiros meses de vida, ou então de poderem optar por um complemento financeiro, atribuído durante três anos. Uma junção destes dois benefícios é igualmente possível”, diz.

“Um dos pontos-chave deste benefício é empoderarmos os nossos colaboradores para que estes possam escolher a opção que esteja mais alinhada com as suas necessidades. Este benefício é também elegível para casos de adoção”, acrescenta.

Gestão de projeto em startups, uma realidade!

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Por: Carlos Hernandez Jerónimo, diretor do executive master em Gestão de Programas e Projetos do Iscte Executive Education

Terminou recentemente mais uma Web Summit que albergou e deu visibilidade a cerca de 2630 startups e empresas expositoras e 1120 investidores. Algumas destas micro e pequenas empresas ficarão por Lisboa, dadas as condições que temos, mas também devido ao conhecimento que gravita no hub do empreendedorismo português. Portugal configura, hoje, um ecossistema de startups dinâmico e em forte expansão, com mais de 2150 startups registadas e que já representam aproximadamente 1,1% do PIB do país. 

O conhecimento que referi é, provavelmente, o ponto mais relevante. Numa era em que predomina o trabalho remote os empreendedores fazem questão de ficar. Querem poder usufruir de uma Lisboa e outras cidades portuguesas que lhes forneçam nas incubadoras, nas tertúlias, nas mini “Web Summit”, e também em cada esquina, a partilha de experiências entre empreendedores. Mas mais do que isso, o contacto, as conversas e aprendizagens valiosas com investidores e representantes de venture capitals muito experientes. Investidores maduros, que conhecem centenas de startups que não sobreviveram apesar das ideias e modelos de negócio aparentemente rentáveis, projetos promissores falhados por razões de gestão ineficiente. Uma ineficiência, segundo muitos deles, referente à carência de conhecimento e aplicação de práticas de gestão de projeto na realidade startup, onde tipicamente há falta de recursos, tempo e experiência e onde é mais fácil tudo correr mal. A ideia não é tudo, é na sua implementação que está grande parte do sucesso, razão pela qual os investidores apostam cada vez mais em formação na área e contratam especialistas para auxiliar as empresas onde investem ou que estão prestes a investir.

Apesar de a gestão de projeto comungar de conceitos base nas organizações, a sua aplicação em startups deve ser altamente adaptada. Nos estágios iniciais de um negócio, a agilidade é altamente valorizada e não pode ser comprometida por estruturas rígidas e processos burocráticos, mas tem de existir um mínimo de equilíbrio e previsibilidade que devem ser garantidos através de cinco pontos-chave:

1. Projetos com objetivos bem definidos, avaliação económica preferencialmente quantitativa, e alinhados com o modelo de negócio e resultados pretendidos. Distinguir outcomes de outputs e saber medir o valor entregue ao mercado é mandatório. De outra forma o controlo será através de métricas operacionais e de vaidade. Quando há demasiada incerteza é imprescindível ir ao detalhe do custo benefício da funcionalidade ou característica, não o fazer é comprometer todo o futuro. Nada será mais frustrante do que fazer muito bem o projeto errado.

2. Entrega de valor o mais rápido possível. MVP, projetos ágeis e muito curtos são a única resposta para investidores com relutância em esperar pelos outputs e resultados dos projetos vários meses. Projetos com ciclos de entrega cada vez mais curtos, entregando valor parcial, os chamados quick-wins, são a chave para errar mais cedo, manter o alinhamento dos stakeholders e validar em contínuo a aceitação do mercado. Feito é melhor que perfeito.

3. Planeamento do trabalho em equipa. As startups têm uma mentalidade de equipa em primeiro lugar, onde cada membro está disposto a participar e ajudar. Essa estrutura de liderança horizontal pode levar a muita camaradagem, mas as funções e responsabilidades do dia-a-dia relacionadas à propriedade e conclusão  do projeto podem tornar-se confusas e caóticas. O trabalho em equipa pressupõe atribuição de responsabilidades e a divisão de tarefas de uma forma que seja fácil de seguir e acompanhar. Cada elemento deve ter acesso às tarefas dos colegas, especialmente útil quando a duplicidade de tarefas é uma possibilidade.

4. Comunicar, comunicar, comunicar. Muitos dos problemas de gestão decorrem apenas da falta de comunicação, ou más interpretações, o que pode levar a atrasos e erros. Para evitar expectativas irrealistas, torna-se essencial comunicar regularmente os objetivos do projeto à equipa, assim como receber desta feedback. A partilha de objetivos, dificuldades e lições aprendidas em equipa fará com que todos se sintam parte do projeto.

5. Controlar periodicamente e de forma sistemática. Um desvio antes de ser grande começa por ser pequeno, torna-se necessário por isso analisar periodicamente a informação do projeto e dos outcomes. Riscos, atrasos, gastos superiores ao planeado, insatisfação do mercado, insatisfação de colaboradores ou fornecedores são pontos críticos de avaliação e que devem ser antecipados com as seguintes questões: o produto está no bom caminho para a data de lançamento? Se não, porquê? O projeto está dentro do orçamento, ou corremos o risco de ficar sem dinheiro? Qual é a funcionalidade ou característica mais suscetível de produzir os resultados comerciais desejados? O que pode correr mal?

É certo que uma startup composta apenas por dois cofundadores e nenhum outro colaborador pode ainda não necessitar de um gestor de projeto, as linhas de comunicação são tipicamente claras. No entanto, pelo acumular de funções ou não, a responsabilização de gestão e conceito de projeto deve ser alinhado desde início. À medida que o crescimento acontece, mais metas existirão por cumprir e projetos a entregar. É importante ressalvar que a melhor metodologia a adaptar é aquela que funcionar melhor entre a equipa, alinhada com os objetivos do negócio e os valores base da startup.

O investimento em gestão de projeto numa startup é sem dúvida uma realidade necessária. Se há dúvidas sobre o benefício, pergunte-se qual o custo de a startup não vingar e até falir por má gestão do desenvolvimento do produto? Esta resposta deve ser analisada não apenas por investidores e empreendedores, mas também pelo país europeu da Web Summit, que muito tem a fazer para que a onda de empreendedorismo continue a crescer.

Corticeira Amorim aprova distribuição de 12 milhões em dividendos

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Por: Martim Gaspar

Os acionistas da Corticeira Amorim aprovaram, esta segunda-feira, em assembleia geral extraordinária, a distribuição de um dividendo de nove cêntimos por ação, totalizando 11,970 milhões de euros.

Segundo o comunicado da Corticeira Amorim enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), foi “aprovado, por unanimidade, o balanço intercalar individual da sociedade, reportado a 30 de setembro de 2022”, com um resultado líquido de 43,917 milhões de euros”.

“Ao mesmo tempo foi aprovado, com efeito a partir de dia 21 de dezembro, a distribuição de um montante de 11,970 milhões de euros para ações do grupo, que terão um valor bruto de nove cêntimos por ação.”

A proposta teve em consideração o balanço individual da sociedade de 102,190 milhões de euros de reservas distribuíveis e reservas legais no montante de 26,6 milhões de euros, “o sólido crescimento da atividade e os bons resultados registados ao longo dos últimos exercícios vêm permitindo à Corticeira Amorim gerar cash-flows crescentes, sendo assim possível efetuar uma distribuição de reservas aos senhores acionistas sem colocar em causa a manutenção de uma eficiente e equilibrada estrutura de capitais do grupo Corticeira Amorim”.

Trabalhos temporários aumentam 7,5% no terceiro trimestre de 2022

Por: Marta Godinho

O trabalho temporário cresceu 7,5% no terceiro trimestre face aos mesmos meses do ano passado, apesar de os números ainda estarem abaixo do período pré-pandemia, em 2019, indica estudo da Associação Portuguesa das Empresas do Sector Privado de Emprego e de Recursos Humanos (APESPE-RH).

A APESPE-RH e o ISCTE (Instituo Universitário de Lisboa) divulgaram os dados do Barómetro do Trabalho Temporário relativos aos meses de julho, agosto e setembro deste ano. O estudo possibilitou comparar com o período homólogo do ano anterior.

Este estudo mostrou que em julho houve um aumento de 8% (2653 pessoas) nas colocações de trabalho temporário, seguido do mês de agosto com um crescimento de 6% (1981 pessoas) e 8% no mês de setembro (2854 pessoas). O crescimento total do terceiro trimestre de 2022 foi de 36,8% face ao mesmo período em 2020, apesar de 2022 ainda se encontrar -7,5% abaixo dos valores de 2019.

Apesar da contínua subida desde janeiro do Índice do Trabalho Temporário (Índice TT), este volta a descer e estabiliza-se no terceiro trimestre de 2022 com fixação nos 1,08 em julho, 1,06 em agosto e 1,08 em setembro. Estes dados são inferiores ao registado nos meses homólogos de 2021 (este ano foi mais elevado porque a comparação foi feita com os valores muito baixos de 2020 devido ao início da pandemia).

A contratação de trabalhadores do género feminino reduziu em julho (44,1%) e agosto (43,3%), em relação a junho (46,1%). Contudo, o mês de setembro voltou a alavancar a representação feminina nas contratações com 45,2%.

A idade acima dos 40 anos ficou entre os 26% e os 27% dos colocados no terceiro trimestre e as contratações entre os 25 e os 29 anos também foi significativa, com 20%.

Quanto à escolaridade, o ensino básico é o que prevalece com 64% no terceiro trimestre. As colocações do ensino secundário aumentaram de 28% em julho para 29% em setembro e apenas 6% das pessoas colocadas apresentaram licenciatura.

Todas as empresas de “Fabricação de componentes e acessórios para veículos automóveis” continuam em primeiro lugar neste trimestre de 2022 com valores entre 10% a 12%. Seguem-se as empresas de “Atividades auxiliares dos transportes”, que apresentaram valores de 5,7% nos meses de julho e agosto. Por fim, as empresas de “Fornecimento de refeições para eventos e outras atividades” destacaram-se no mês de setembro com 8%.

Em termos de profissões, o terceiro trimestre deste ano foi marcado por “Outras profissões elementares”, com valores entre os 26% e os 28%. Seguiram-se os “Empregados de aprovisionamento, armazém, de serviços de apoio à produção e transportes”, com 18%, e, por fim, os “Trabalhadores qualificados do fabrico de instrumentos de precisão, joalheiros, artesãos e similares”, com 10%. O mês de setembro realçou os “Trabalhadores não qualificados da indústria transformadora” com 9% a ocupar o terceiro lugar nas profissões do trabalho temporário.

“Analisando a evolução de contratações em 2022, estas têm vindo a aumentar consideravelmente, o que é um sinal muito positivo, apesar de estabilizarem neste trimestre em relação aos anteriores”, afirma Afonso Carvalho, presidente da Associação Portuguesa das Empresas do Sector Privado de Emprego e Recursos Humanos (APESPE-RH).

Portugal apresenta segunda maior subida de vendas a retalho na zona euro

Por: Martim Gaspar

Apesar do recuo nas vendas a retalho em outubro na zona euro e na União Europeia, Portugal apresenta a segunda maior subida homóloga, segundo a Eurostat, de 1,2%.

Em outubro, a zona euro apresentou um decréscimo de 2,7% na variação homóloga com o ano anterior e 1,8% em comparação com setembro, quanto ao volume de vendas do comércio a retalho. Em relação à União Europeia, o volume de vendas do comércio a retalho apresentou um decréscimo de 2,7% na variação homóloga e 1,8% em comparação com setembro.

Em relação a outubro de 2021, os países que apresentaram as maiores quebras no setor foram a Dinamarca (-9,5%), a Suécia (-6,4%) e a Bélgica (-5,7%), enquanto a Eslovénia (8,5%), Malta (7,2%) e Letónia (5,7%) apresentaram as maiores subidas nas vendas.

Quanto a setembro, a Áustria (-4,6%), a Croácia (-4,0%) e a Bélgica (-3,3%) apresentaram as maiores quebras, enquanto Luxemburgo (2,6%), Portugal, Chipre e Malta (0,5% cada) e a Espanha (0,4%) apresentaram as maiores subidas no setor.

Novas tabelas no IRS isentam de imposto salários e pensões até 762 euros

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Por: Marta Godinho

Somente os salários e pensões a partir de 762 euros brutos mensais vão começar a fazer retenção na fonte, a partir de janeiro do próximo ano. As novas tabelas e respetivos patamares seguintes de valor também sofreram alterações face aos valores em vigor este ano.

Esta segunda-feira, serão publicadas  as novas tabelas que vão vigorar até à entrada do novo modelo de retenção em julho. Estas vão ser aplicadas durante o primeiro semestre de 2023 e foram desenhadas para acomodar as alterações ao IRS incluídas no Orçamento do Estado para 2023 (OE2023).

A nova retenção na fonte destes salários e pensões traduz-se na subida de 52 euros face ao valor dos salários que este ano estão isentos (igual ou superior a 762 euros)  e de 42 euros relativamente às pensões.

“Garante-se que os trabalhadores e pensionistas que tenham sido aumentados têm de facto um aumento do rendimento líquido entre o final de 2022 e janeiro de 2023”, afirma o Ministério das Finanças quanto ao modelo de retenção transitório.

O aumento das pensões, a partir de janeiro, vai variar entre 4,83% e 3,89% dependendo do seu valor. A generalidade dos funcionários públicos e dos de setor privado vão ser aumentadas devido ao atual nível de inflação.

As entidades pagadoras ou devedoras vão ter de efetuar o acerto no desconto do IRS até ao final do mês de fevereiro de 2023 para todos os casos em que o processamento de rendimentos tenha sido concluído antes da entrada em vigor das novas tabelas e o seu devido pagamento em ocorrência na vigência das mesmas.

O despacho que acompanha estas novas tabelas de retenção na fonte destina-se a que se apliquem aos rendimentos de trabalho dependente e de pensões pagas ou colocadas à disposição entre 1 de janeiro e 30 de junho do próximo ano. Esta solução permite dar “tempo às entidades pagadoras de adaptarem os seus sistemas de pagamento ao novo modelo de retenções na fonte”, afirma o Ministério das Finanças.

Segundo o relatório do OE2023, a mudança traduzir-se-á para o próximo ano numa redução do IRS em 200 milhões de euros. A isto, soma-se a redução de 500 milhões de euros e impostos pela redução da taxa marginal do segundo escalão e por via da atualização dos escalões.