Home / Empresas / “A pandemia interferiu pouco no nosso trabalho” – Nuno Archer
Nuno Archer CEO Founder Winsig
Nuno Archer, CEO e Founder da Winsig (Foto: Divulgação)

“A pandemia interferiu pouco no nosso trabalho” – Nuno Archer

A empresa especializada em soluções de gestão integrada com o software ERC PC, Winsig, foi fundada em 2008 e desde então tem-se vindo a afirmar no mercado. A operar em diferentes países, a organização é uma referência em soluções de software de gestão para as PME portuguesas.

A Winsig distingue-se por criar soluções customizadas para os negócios e para os clientes, mas com a chegada da pandemia viu-se obrigada a adaptar-se à nova realidade e, por conseguinte, de adotar as suas estratégias de negócio.

Em entrevista à PME Magazine, Nuno Archer, CEO e fundador da Winsig, traça um balanço dos últimos anos da organização e do que mudou com a pandemia Covid-19, e os projetos de internacionalização futuros.

PME Magazine (PME Mag.) – Como surgiu a Winsig? Como analisa os últimos anos da empresa?

Nuno Archer (N. A.) – A Winsig foi criada em 2008, através da iniciativa de um conjunto de sócios fundadores que identificaram a oportunidade de criar uma empresa de referência no fornecimento de soluções de software de gestão adaptado à realidade das PME portuguesas. Desde a nossa fundação temos crescido todos os anos e 2020 foi o 12º ano consecutivo de crescimento, tendo atingido um volume de vendas de 6,3 milhões de euros. Estamos presentes a nível nacional, com escritórios no Porto, Aveiro, Viseu, Leiria, Lisboa, Funchal e Ponta Delgada, com uma equipa que totaliza 101 pessoas.

PME Mag. – Quais são os principais serviços desenvolvidos pela Winsig?

N. A. – A Winsig é uma empresa especializada na oferta de soluções de gestão integrada com o software ERP PHC. Distingue-se pela sua elevada capacidade de criar soluções customizadas que se adaptam às regras de negócio e à forma de trabalhar dos seus clientes.

PME Mag. – Sendo uma PME quais são os maiores desafios que enfrentam no mercado?

N. A. – O maior desafio é a procura constante de entregar mais valor aos nossos clientes. Estamos sempre atentos a novas tecnologias e novas formas de melhorar processos para otimizar a rentabilidade dos nossos clientes. Tivemos 55 clientes na lista das PME Excelência 2020.

PME Mag. – Como é que a pandemia veio interferir no desenvolvimento e funcionamento da empresa?

N. A. – A pandemia interferiu pouco no modus operandi do nosso trabalho. Já tínhamos um capital de confiança junto dos nossos clientes o que permitiu migrar a consultoria presencial para a consultoria remota sem grandes dificuldades. O maior desafio foi a atração de novos clientes, pois, com a pandemia, os eventos presenciais foram todos cancelados e o contacto com novos clientes tornou-se mais difícil. Para compensar apostamos mais nos meios digitais, mas não é a mesma coisa…

“O maior desafio é a procura constante de entregar mais valor aos nossos clientes”

PME Mag. – Que adaptações realizaram para garantir o cumprimento dos serviços?

N. A. – Passamos a utilizar de forma regular a ferramenta do Teams que nos permitiu manter contacto entre toda a equipa e com os nossos clientes. Incrementamos a utilização dos canais digitais, mas estamos com esperança de voltar a reencontrar fisicamente os nossos clientes.

PME Mag. – Como tem sido feito e gerido o processo de internacionalização da empresa?

N. A. – Temos feito a internacionalização através do acompanhamento da expansão dos nossos clientes. Em 2020, fizemos projetos novos na Argélia, Angola, Dubai, Espanha, França e Dinamarca.

PME Mag. Ao longo dos últimos anos, e em especial ao longo do último ano, têm apostado no investimento em investigação e desenvolvimento. Quais são as principais áreas onde se têm focado?

N. A. – Apostamos sobretudo em quatro pilares: solução própria de comércio eletrónico focada em empresas que atuam no mercado B2B; solução de gestão de armazém com recurso à mobilidade e leitura de códigos de barras; soluções de mobilidade, através do desenvolvimento de app’s para telemóveis que permitam a execução de processos de forma ágil e rápida; soluções setoriais para a indústria, serviços, comércio por grosso e retalho com características únicas e que complementam as soluções do ERP PHC.

“Incrementamos a utilização dos canais digitais, mas estamos com esperança de voltar a reencontrar fisicamente os nossos clientes”

PME Mag. – De que forma os avanços a nível de recursos humanos têm alterado comportamentos, motivação e, quiçá, resultados da empresa?

N. A. – A gestão dos recursos humanos já era uma aposta estratégica da empresa. Qualquer empresa de serviços tem o seu sucesso alicerçado na qualidade e coesão da sua equipa e desta forma a pandemia apenas veio realçara a importância dessa coesão, mesmo quando a proximidade física foi reduzida.

PME Mag. – O que mudou?

N. A. – A imposição do teletrabalho provocou a descoberta de uma nova realidade, que tecnologicamente já estava disponível há algum tempo, mas que a inércia natural das organizações ainda não tinha utilizado. O ser humano é um animal de hábitos e a pandemia veio trazer algumas alterações a esses hábitos. Acredito que o modelo de trabalho híbrido irá imperar no futuro pós-pandemia e que as organizações e as cidades terão de se adaptar a essa nova realidade.