Controlar o orçamento familiar nem sempre é fácil, no entanto, é importante prestar atenção às suas finanças familiares tal como se fosse um negócio. Faça reuniões semanais, revisões de performance, defina tarefas claras e estabeleça objetivos e prioridades para a sua família. Entenda onde é prioritário gastar, quanto gastar e o que fazer com o que não foi gasto.
Neste pequeno artigo, partilhamos dicas simples e conceitos de negócio que podem ser aplicados às suas finanças familiares com êxito. Não pense nisto como um “apertar do cinto” ou um conjunto de regras estritas, mas sim como uma forma de melhorar o desempenho orçamental da sua família e poupar para um futuro próximo.
Sites como listenmoneymatters. com ou o todaysparent.com partilham dicas que podem ajudar a criar o seu orçamento.
Entenda as suas despesas e investimentos
Nas empresas, todo o dinheiro investido tem uma finalidade e cobre certos gastos. Não irá conseguir criar um orçamento enquanto não souber para onde vai o dinheiro dentro do seio familiar. Identifique gastos como renda e/ou despesas utilitárias, cujos valores mensais são consistentes e outros aspetos como roupa ou alimentação, que nunca têm valor exato e podem até ser mais alto do que esperado ou até o dobro.
Assinale cada gasto durante 30 dias. Não se esqueça de pequenos itens como pastilhas elásticas ou a moeda para o parquímetro – tudo conta. Pode anotar num caderno, guardar recibos ou usar plataformas como mint.com ou uma aplicação como MoneyWiz ou Yupee.
Assim que tiver noção das despesas por mês, divida em categorias específicas como “entretenimento”, “transporte” ou “crianças”. Some o total de cada categoria e depois some esses resultados para ver quanto gastou no total. Depois subtraia esse mesmo valor ao dinheiro que entra em casa. Se gasta mais do que o valor total que entra, então talvez seja importante rever o orçamento familiar.
Estabeleça prioridades e objetivos familiares
O orçamento é um conjunto de regras para todos. No fundo, resume-se a escolhas sobre aquilo com que pode viver (e que não pode, também) e manter-se em rota com as regras. Entenda que se tudo for uma prioridade, nada é uma prioridade.
Tal como as empresas têm prioridades e objetivos a cumprir a cada semestre, o mesmo se aplica ao orçamento familiar. Assim que tiver a estimativa das suas despesas, envolva a família na criação do orçamento e discussão das prioridades para gastar e objetivos de poupança.
Em conjunto discutam quais são as despesas essenciais e quais são os gastos que podem esperar mais um pouco. Para fazer as coisas mais interessantes, identifique objetivos a curto/longo prazo para os quais possam poupar – como uma viagem em família.
Se tiver dificuldades experimente aplicar um plano disciplinado de gasto: onde divide o valor total que entra por quadrantes – gastos, poupanças (para emergências), partilha (solidariedade) e investimento (quer seja para educação das crianças ou reforma). Se 80% do seu ordenado vai para gastos, então 5% terá de ser poupado, 5% para partilha e 10% para investimento. Este rácio tem de ser aplicado a qualquer valor que entrar, seja o salário mensal, um bónus ou herança. É um plano para evitar improvisos ou falha na execução das metas do orçamento.
Celebre as pequenas poupanças e altere o seu plano mensalmente
Trate o seu orçamento familiar como um plano de negócios e reveja mensalmente para saber o que está a funcionar e o que tem de ser alterado. Fazer ajustamentos faz parte do processo orçamental. Celebre as pequenas vitórias, como o facto de ter conseguido poupar 5 euros a mais do que quando criou o orçamento familiar.
Pensar como um empresário não é algo apenas dedicado aos negócios. Para saber melhor como gerir o seu orçamento familiar há que tomar decisões e fazer escolhas. Afinal, as famílias são empresas e as empresas muitas vezes consideram os seus colaboradores como família. Aplique estes conceitos, invista na sua família e veja o investimento valer a pena.