Por: Diana Mendonça
No primeiro semestre do ano, a região do Porto alcançou valores recorde na reciclagem, com a taxa a ultrapassar os 40%. A recolha seletiva de resíduos aumentou 22,72% e nos resíduos orgânicos aumentou mais de 80%, de acordo com os dados da Câmara Municipal do Porto.
A taxa de reciclagem dos primeiros seis meses do ano da região foi de 41,53%, superando os 39,26% registados no final do ano passado. Estes valores fazem o município situar-se acima da meta dos 31% traçada no Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos.
Quando olhamos aos valores médios por pessoa estes valores são mais significativos, registando um aumento de 10% face a 2021 (69 kg/hab.ano). Os valores alcançados nos seis primeiros meses do ano alcançaram os 76,39 kg/hab.ano, ultrapassando a meta de 61 kg/hab.ano.
Neste primeiro semestre de 2022, os resíduos orgânicos alcançaram mais de 80% , com uma recolha superior a 4600 toneladas, representando 30% do total de resíduos recolhidos separadamente. Na recolha seletiva também se registou um aumento de 22,72%. Tanto os resíduos orgânicos como os seletivos alcançaram os valores mais elevados dos últimos sete anos.
A região registou, simultaneamente, uma redução de emissões equivalentes a 7276 toneladas de CO2, o que contribui para atingir a meta da neutralidade carbónica na cidade.
O alargamento da recolha seletiva de resíduos porta-a-porta a mais de 1000 famílias, na zona das Antas, veio reforçar a capacidade de resposta do programa Porto Ambiente nas diferentes especificidades e diferentes zonas habitacionais da cidade.
A estratégia definida para a gestão de resíduos urbanos na cidade do Porto tem levado a cidade a alcançar a sua meta de cidade “Aterro 0”, enviando apenas 0,01% do total dos resíduos produzidos para o aterro.
A aposta nas ações de sensibilização e o aumento de pontos de deposição de recolha seletiva também tem se revelado essencial para que as metas propostas pela cidade sejam atingidas.