Por: Margarida Duarte
A Administração do Porto de Lisboa (APL) deu esta sexta-feira, 17 de dezembro, mais um passo para a concretização do Ocean Campus, com a assinatura de dois contratos de concessão, entre a APL e a Fundação Calouste Gulbenkian, e entre a APL e a Fundação Champalimaud.
O projeto tem como objetivo desenvolver um espaço de empreendedorismo, que irá juntar na área de jurisdição do Porto de Lisboa, um cluster de atividades ligadas à economia azul e ao mar com base nos pilares do conhecimento, economia, investigação, sendo ele um espaço aberto a todos os cidadãos que privilegiará soluções ambientalmente sustentáveis e de mobilidade suave.
O evento contou com a presença de José Castel-Branco e Ricardo Medeiros, Vogais do Conselho de Administração da APL, Leonor Beleza e João Silveira Botelho, Presidente e vice-Presidente do Conselho de Administração da Fundação Champalimaud, e Isabel Mota e José Neves Adelino, Presidente e Membro do Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian, que assinaram os contratos de concessão da Ocean Campus, os mesmos que envolvem um investimento inicial de 70 milhões de euros.
José Castel-Branco, Vogal do Conselho de Administração da APL, recordou: “O Ocean Campus prevê a requalificação de um total de 64 hectares, em Lisboa e Oeiras, com o investimento de 300 milhões de euros, maioritariamente privado, na criação de espaços multifuncionais e ambientalmente sustentáveis”.
“Acreditamos que o Porto de Lisboa é um Porto de, e com futuro que desempenha um papel imprescindível para os cidadãos, para as empresas, para a economia e para a competitividade da região metropolitana de Lisboa e a nível nacional”, acrescentou José Castel-Branco.
A parceria com a Fundação Champalimaud destina-se à criação de um centro avançado para o desenvolvimento de inteligência artificial, em conjunto com uma incubadora científica, incluindo uma central de computação e armazenamento de dados, laboratórios experimentais, instalações para desenvolvimento de hardware, entre outros.
Leonor Beleza, Presidente da Fundação Champalimaud afirmou: “Este é um momento muito importante para a Fundação Champalimaud. Deixem-me destacar três pontos importantes, todos relevantes no contexto desta cerimónia. São eles a localização especial que está em causa, o conteúdo do nosso projeto, e a futura presença próxima do Instituto Gulbenkian de Ciência”.
Por outro lado, a Fundação Gulbenkian irá criar um centro de investigação dos efeitos das alterações ambientais na saúde humana e nos ecossistemas.
“Queremos ter em Portugal um centro de investigação que nos permita compreender de que forma o nosso organismo se relaciona com o ambiente e como as alterações ambientais estão a condicionar e a ameaçar a saúde de cada ser humano”, afirmou Isabel Mota, Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian.
“A ciência tem de ser mais aberta, colaborativa e interdisciplinar, e deve andar de mão dada com a inovação para que os resultados da investigação beneficiem sempre que possível a sociedade”, acrescenta a própria.
Com o mote “Aqui, a cidade encontra o seu Porto”, a cerimónia foi presidida por Pedro Nuno Santos, Ministro das Infraestruturas e da Habitação, onde destacou o objetivo estratégico do Ocean Campus, dizendo que este é um grande momento para o país e para a ciência.
Os dois contratos de concessão são relativos a dois espaços com áreas de implantação com cerca de 7 mil metros quadrados cada, ambos situados junto à Doca de Pedrouços, na zona de Belém/Algés.