Portugal apresentou a maior subida de emprego da União Europeia (UE) ao longo do último trimestre do ano passado, atingindo um aumento de 1,9% em cadeia, valor superior à média europeia (0,3%). O país registou, ainda assim, uma das maiores quedas do PIB (-6,1%), apresentando um valor muito abaixo da média da zona euro (0,7%) e da UE (0,5%), relativamente ao terceiro trimestre de 2020.
Com estes valores, Portugal apresenta a maior subida de emprego verificada na União Europeia, a par da Estónia e seguido pela Espanha (1,2%). De acordo com as estimativas da Eurostat, divulgadas esta terça-feira, a taxa de emprego acumulada caiu 1,6% na zona euro e 1,5% na União Europeia, valores que contrariam o crescimento verificado em 2019.
Quando comparado com o período homólogo, o último trimestre do ano passado demonstrou uma descida do emprego em cerca de 1,9% na zona euro e 1,6% na UE, verificando-se, no entanto, um abrandamento face às quebras sentidas no terceiro semestre de 2020.
Espanha (-4,2%), Estónia (-4%) e Letónia (-3,4%) apresentaram o maior recuo na variação homóloga da taxa de emprego, com Luxemburgo (1,7%) e Polónia (0,8%) a apresentarem-se como os países com maior avanço neste aspeto. Neste contexto, Portugal verificou uma diminuição da taxa de emprego de 0,6% no último trimestre de 2020, em comparação com o período homólogo.
Relativamente ao PIB, verificou-se uma queda que contrariou a recuperação apresentada no terceiro trimestre de 2020, altura em que a zona euro apresentava uma subida de 12,5% e a União Europeia uma subida de 11,6%. Nesse sentido, o último trimestre do ano passado constitui uma diminuição do PIB da zona euro e da UE de 0,7% e 0,5%, respetivamente. Portugal registou uma das maiores descidas do PIB, avaliada em 6,1%.
De referir que, de forma global, o ano passado apresentou uma queda do PIB de 6,6% na zona euro e de 6,2% na União Europeia, depois de em 2019 se ter verificado uma subida de 1,3% e de 1,6%, respetivamente.