Portugal reforçou a sua rede nacional de Laboratórios Colaborativos (CoLAB) que estabelecem a ligação entre as universidades e os centros de investigação e empresas, constituindo um elo entre a ciência e a economia. O financiamento público da União Europeia para este reforço, até 2020, atingiu os 68,6 milhões de euros, com cerca de 33% dos empregos criados a serem ocupados por doutorados.
Portugal reforçou a sua rede de Laboratórios Colaborativos para a ligação entre a ciência e a economia, aumento que mobiliza atualmente cerca de 300 entidades que incluem mais de 120 empresas no desenvolvimento de projetos de investigação e inovação.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior sublinha, em comunicado, que os novos laboratórios atuam em áreas estratégicas, contribuindo para “reforçar os objetivos das agendas de investigação e inovação de relevância internacional e impacto nacional”.
Num processo iniciado em 2017, a criação e promoção destes CoLAB, englobados no Programa Interface, pretende criar emprego qualificado em Portugal, valorizando a sociedade e a economia do conhecimento, numa iniciativa que já gerou cerca de 33% de empregados doutorados.
O programa em causa tem vindo a realizar seleções anuais, através de uma avaliação realizada por peritos internacionais, de várias propostas de investigação e inovação que visem gerar valor para as empresas e organizações, com atividades de investigação que fomentem sinergias com instituições científicas e de Ensino Superior.
No total, e de acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, foram criados cerca de 466 empregos qualificados até ao final de 2020, num investimento de cerca de 68,6 milhões de euros.
Desta forma, estes Laboratórios Colaborativos têm vindo a reforçar a estrutura dos Centros de Interface Tecnológica, bem como outras instituições intermediárias em Portugal, como centros de investigação e 40 Laboratórios Associados, participando ativamente no sistema científico e académico na resolução de problemas complexos.
Recorde-se que o estatuto de Laboratório Colaborativo é atribuído pela Fundação para Ciência e Tecnologia (FCT) num período de cinco anos, num processo de avaliação constituído por um painel de peritos. Aqui, destaca-se a sociedade alemã Fraunhofer como a maior organização de investigação aplicada na Europa, que apresenta uma parceria com Portugal e que participa em vários CoLAB a nível nacional.