Por: Djeisibel Lopes
De acordo com os dados da COSEC, uma companhia de Seguro de Crédito, foi registado, no mês de julho, um aumento de 12% nas insolvências face ao período homólogo do ano passado.
As as micro e pequenas empresas são as que têm registado um maior número de insolvências no país, com as geografias Porto e Lisboa a serem as mais afetadas.
O contexto económico atual também contribuiu para o aumento das insolvências em Portugal, pelo que a inflação tem retirado poder de compra às famílias e diminuído as margens de lucro das empresas.
Segundo as perspetivas da acionista da COSEC, Allianz Trade, Portugal deverá terminar o ano com um aumento de cerca de 19% nas insolvências, quando comparado com o ano passado. Mas apesar das estimativas da companhia para a economia do país apontarem para um crescimento no PIB na casa dos 2,5% em 2023, as perspetivas para a área do euro são pouco otimistas.
“A Zona Euro continua a enfrentar um clima económico desafiante, que trará consequências para as empresas. Não é de descartar uma nova subida dos juros por parte do Banco Central Europeu em setembro; os preços continuam a subir, embora a um ritmo mais lento”, conta Vassili Christidis, CEO da COSEC.
O responsável afirma que os principais mercados externos de Portugal estão a enfrentar dificuldades, o que afetará vários setores da economia portuguesa e, posteriormente, ter impacto nas empresas.