O Presidente da República, Marcelo de Rebelo de Sousa, dirigiu-se, este domingo, dia 1 de janeiro de 2017, aos portugueses na habitual mensagem de ano novo, pedindo um maior crescimento económico para o país.
“É indesmentível que tivemos estabilidade social e política, que alcançámos um acordo sobre salário mínimo, que os dois Orçamentos do Estado mereceram a aceitação da União Europeia, que cumprimos as nossas obrigações internacionais, que trabalhámos para reforçar o sistema bancário, que compensámos alguns dos mais atingidos pela crise, e que houve, da parte de mais responsáveis, uma proximidade em relação às pessoas, ao cidadão comum, partilhando os seus sonhos e anseios, as suas angústias e desilusões”, sublinhou o Presidente.
Marcelo considerou, ainda, que Portugal deu passos para “corrigir injustiças”, para “um clima menos tenso, menos dividido, menos negativo cá dentro e uma imagem mais confiável lá fora, afastando o espetro de crise política iminente, do fracasso financeiro, da instabilidade social”.
O chefe do Estado não deixou, contudo, de lembrar que “ficou ainda muito por fazer”: “O crescimento da nossa economia foi tardio e insuficiente. Alguns domínios sociais sofreram com os cortes financeiros. A dívida pública permanece muito elevada. O sistema de justiça continua lento e, por isso, pouco justo, a começar na garantia da transparência da política”.
Marcelo elogiou o facto de Portugal ter aumentado o seu “amor-próprio como nação”.
Pediu, por isso, que de 2016 não se perca “estabilidade política, paz e concertação, rigor financeiro, cumprimento de compromissos externos, maior justiça social, formação aberta ao mundo, proximidade entre poder e povo”.
“Mas, ao mesmo tempo, completar a consolidação do sistema bancário, fomentar exportações, incentivar investimento, crescer muito mais, melhorar os sistemas sociais, mobilizar para o combate à pobreza, sobretudo infantil, e curar de uma Justiça que possa ser mais rápida e, por isso, mais justa.”
Leia a mensagem do Presidente da República na íntegra aqui.