O ministro das Finanças, João Leão, afirmou que as medidas que foram impostas para o combate à pandemia “não alteram a previsão” do crescimento económico de Portugal de aproximadamente de 4,8%.
“Portugal conseguiu resistir bastante bem a esta fase da pandemia e não tivemos de impor medidas com grande impacto na economia e, portanto, espera-se que o valor de 4,8% [de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)] previsto pelo Governo seja alcançado”, avançou o ministro de Estado e das Finanças aos jornalistas portugueses em Bruxelas.
O ministro das Finanças acrescenta ainda que: “Tivemos de tomar algumas medidas de caráter orçamental para reforçar mais o SNS e mais despesas na área da Saúde e, em particular, em testes de covid-19 muito abrangentes em Portugal, mas em relação às perspetivas sobre crescimento económico esperamos que se chegue aos 4,8%”
Durante o seu discurso, o ministro abordou o tema da dívida pública, dizendo que vai haver uma redução histórica, de 135% para 127%. Sobre o défice adiantou que: “também vai ficar ligeiramente abaixo do previsto e, pela sexta vez, o Governo vai cumprir as metas orçamentais previstas, o que é fundamental para a credibilidade e para as condições de financiamento do país”.
De acordo com o Orçamento de Estado (OE) para 2022, o governo previu que a economia portuguesa iria crescer 4,8% em 2021 e em 2022 5,5%.
O défice público deverá ficar nos 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 e em 2022 irá descer até aos 3,2%, e a taxa de desemprego irá diminuir para os 6,5% em 2023, “atingindo o valor mais baixo desde 2003”, de acordo com a proposta o Orçamento de Estado previsto para 2022.
Já a dívida pública da economia de Portugal será reduzida para 126,9% do PIB no ano presente e 122,8% em 2023.