Por: Joana Mendes
A aplicação Glovo é conhecida pelo serviço delivery dos mais variados produtos de cada cidade, não só refeições e produtos de primeira necessidade, mas também de produtos tecnológicos.
Presente em 25 países e mais de 1500 cidades, possui quatro mil pessoas empregadas e está ligada a 150 mil lojas, pelo que se caracteriza por apostar num modelo de crescimento sustentável e amigo do ambiente e que utiliza a tecnologia como a principal ferramenta para reduzir a pegada de carbono. Através desta vertente tecnológica surgiu o projeto Glovo Local.
Joaquín Vázquez, general manager da Glovo Portugal, define este projeto como “um conjunto de ferramentas e soluções para pequenos e médios restaurantes e lojas na área do retalho, com o objetivo claro de os ajudar a digitalizar os seus negócios, enquanto expandem os respetivos canais online e lojas”.
Acerca da forma de acesso, esclarece que o procedimento é simples e funciona “através de um site próprio para parceiros Glovo”. As PME podem aceder às opções, entre um leque de oportunidades digitais colocadas à sua disposição. Dessa forma, poderão escolher a solução que melhor se coaduna, ao nível da rentabilidade e produtividade, com o seu objetivo comercial. “Com isso, criam-se condições para que consigam gerir as suas operações, através de tecnologia no ponto de venda, bem como pela definição de respostas na sua cadeia de abastecimentos”, refere.
O projeto oferece “ativações de marketing, como anúncios e promoções” e “propõe-se a aumentar a visibilidade das organizações que procuram estes serviços”. Quanto aos parceiros, ser-lhes-á disponibilizado um conjunto de ferramentas de aprendizagem e desenvolvimento do ponto de vista organizacional.
Vantagens e desvantagens da Glovo Local
O projeto é caracterizado por ser um hub tudo-em-um. Os parceiros podem encontrar soluções, através de uma única página eletrónica, que se adequem às suas necessidades de negócio. “E podem fazê-lo de forma muito simples, basta inscrever-se e, com isso, aceder a todas as ferramentas e soluções que os ajudarão a digitalizar os respetivos negócios”, afirma.
“Outros aspetos a salientar passam pela transparência e flexibilidade oferecidas, as quais garantem às PME capacidade para que selecionem as opções que melhor atendam aos seus objetivos de crescimento ou reconhecimento junto do mercado. Ou seja, concentra esforços e limita quaisquer etapas burocráticas que possam dificultar a implementação da melhor estratégia”, assegura.
A Glovo promoveu um estudo internacional com mais de 3200 decisores e responsáveis de PME das indústrias alimentar, restauração e retalho, em nove países, entre os quais Portugal. E, segundo Joaquín Vázquez, “existem dois grupos de empresas: aquelas que ainda se encontram ancoradas na visão tradicional de negócios e no relacionamento com clientes; e aquele que quer entender melhor os negócios e está disposto a investir tempo e dinheiro para o fazer.”
Segundo o estudo, “84% das pequenas empresas gastam menos de 10% do seu orçamento em publicidade, marketing ou pesquisa. Na verdade, dois terços dos inquiridos nacionais reconhece nunca ter investido em campanhas de marketing. Mas verifica-se que 76% das empresas que trabalham com parceiros de delivery são mais suscetíveis a mudar a sua estratégia, de forma a alcançar mais clientes, em comparação com os 59% que se verificam no quadro geral”, descreve.
No que toca à influência deste projeto nas empresas nacionais, Joaquín Vázquez garante que é através destas conclusões que “o papel da Glovo pode ir muito além de um fornecedor de serviços. Podemos e queremos ser um parceiro estratégico, que as apoie nas suas decisões, que lhes permita aceder a serviços, que incluem soluções digitais e operacionais para os seus próprios canais e lojas”.
Internacionalização do projeto
Não existe um objetivo de expansão por parte da Glovo Local, pois o projeto em si já é global. No entanto, o projeto foi lançado nos 25 mercados e é o primeiro deste tipo na Europa, África e Ásia e que “fornece um portfólio consolidado de serviços e soluções para PME, específico para as suas necessidades.”
“Isto, porque, e ainda sobre o estudo, registámos que apenas 20% dos comerciantes em todo o mundo conduzem os seus negócios online, o que é bem exemplificativo da urgência em encontrar mais respostas para a digitalização”, destaca.
“O desafio é exatamente esse, apresentar o Glovo Local, sensibilizar as empresas para a sua importância, comprovar o nosso papel ativo na sua estratégia de crescimento, ganhar uma dinâmica positiva. Se o conseguirmos, teremos galgado grande parte do percurso que visa exponenciar o grande potencial de tantas PME com as quais trabalhamos, ou que, embora não trabalhemos, sabemos bem que têm produtos e serviços de elevada qualidade”, refere.
Quanto ao futuro deste projeto, a Glovo pretende continuar com a estratégia de construir o seu reconhecimento do projeto e “ter mais de 250 pequenas empresas locais online até ao final de 2023”.
“Para isso, duplicaremos os nossos esforços tecnológicos e operacionais, para lhes trazer mais e melhores soluções que impulsionem os negócios. Ao utilizarem as ferramentas que o Glovo Local disponibiliza, podemos ajudá-las a alcançar mais clientes e a acelerar o seu caminho para um crescimento e rentabilidade sustentáveis. E assim preparamos o caminho para que as empresas impulsionem as economias locais”, conclui.