O volume de vendas no setor do retalho decresceu cerca de 1,5% nas áreas Alimentar e Especializado, num ano marcado pela crise pandémica, tendo atingido um valor de cerca de 22 milhões de euros em vendas, conforme revela a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED).
As vendas ao retalho sofreram uma quebra de 1,5% no seu volume da área Alimentar e Especializada, ao longo de 2020, conforme indica a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, num valor que atingiu o total de 22.653 milhões de euros.
Num ano marcado pela crise pandémica que condicionou o mercado, o retalho especializado foi uma área fortemente afetada, com uma quebra de 17,7% no volume de vendas. No caso do retalho alimentar, verificou-se um aumento de 8,1% do volume de vendas realizado em 2020, relativamente ao ano anterior.
Ainda assim, o destaque pela positiva, no retalho alimentar, vai para a área dos congelados, que apresentou o maior crescimento (17,6%) de vendas, valor que se explica pelas contingências pandémicas. Na área do bazar ligeiro, o aumento foi também muito positivo, com um crescimento de 16,6% das vendas.
No caso concreto do retalho especializado, o volume de vendas registou um valor de 7.032 milhões de euros, com o mercado de informática a apresentar o maior crescimento com um aumento de 23,1%. Destaque ainda para os pequenos eletrodomésticos como um dos mercados que mais cresceu nesta área (20,2%).
Num período em que o comércio eletrónico ganhou um novo impulso, muito por força do elevado número de atividades que passaram a ocorrer de forma remota, levou a que o peso do e-commerce no total das vendas do retalho alimentar se situasse nos 3%, o que, no caso do retalho especializado, simbolizou 14,9% das vendas.
A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, através destes dados, alerta para que as medidas de restrição pandémicas podem estar a colocar em causa a sustentabilidade deste setor na produção nacional, mostrando-se disponível para contribuir com soluções adequadas que protejam a saúde dos consumidores e assegurem condições sustentáveis aos agentes económicos.
Assim, e considerando a resiliência deste setor, Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da APED, alerta para a desaceleração económica do país, garantindo que, apesar do setor alimentar ter aumentado as suas vendas, o setor especializado foi “muito fustigado pelas medidas tomadas pelo Governo”.