Por: Marta Godinho
Devido à espiral inflacionista, o rendimento real das famílias na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) caiu 0,5% no segundo trimestre, levando, assim, a um terceiro trimestre consecutivo de declive acentuado.
Em comunicado, a OCDE aponta que o declive deste segundo trimestre, que mede o rendimento disponível das famílias depois dos impostos, contribuições e benefícios sociais, está diretamente em concordância com a queda dos países-membros dos quais existem dados.
Dos menos de 20 países disponíveis que apresentam dados e estatísticas, Portugal foi um dos que se destacou pelos maiores declínios em cadeia do indicador no segundo trimestre, com uma queda de 2,35%. França apresentou uma queda de 1,2%, muito semelhante ao Reino Unido, com 1,1%. Nos Estados Unidos da América também se fez sentir uma queda de 0,4%. Itália não apresentou alterações.
Com um aumento de 0,4%, a Alemanha quebrou a generalidade, apesar de o seu indicador do Produto Interno Bruto (PIB) ter caído 0,5% neste segundo trimestre.
Este rendimento familiar real abordado é somente uma forma de melhor contextualizar o que o PIB per capita do dinheiro disponível pode comprar em bens e serviços, ou simplesmente poupar.