Por: João Monteiro
O Banco Santander obteve um lucro de 2.543 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, mais 58% do que entre janeiro e março de 2021.
Segundo revelou o banco à entidade supervisora do mercado espanhol, o CNMV, o aumento dos depósitos e a melhoria da eficiência, e também a diversificação geográfica tiveram influência outra vez nas contas, que refletem um aumento do benefício ordinário, fruto da atividade comercial em 19%.
O balanço do grupo Santander manteve-se sólido, graças à “normalização da qualidade do crédito”, após a libertação de provisões no quarto trimestre de 2021. Os depósitos foram de 2.101 milhões de euros, em linha com o primeiro trimestre do ano anterior.
Os recursos de clientes bateram um recorde, atingindo 1,1 biliões de euros e os depósitos cresceram 8,5%, para 957.000 milhões de euros, graças ao aumento na maioria dos países onde opera.
Os créditos aumentaram 7,6%, ultrapassando pela primeira vez os mil milhões de euros, com um rácio de atraso que se agravou 3,26%, seis pontos base a mais após a mudança na definição de falta de pagamentos.
A forte atividade comercial e a subida das taxas de juro oficiais em alguns dos principais mercados onde o grupo opera impulsionaram a margem financeira em 11,3%, para 8.855 milhões de euros, com um crescimento acentuado no Reino Unido (15%), Polónia (78%), Brasil e México (7%) e Argentina (69%).
O número de clientes do grupo aumentou sete milhões entre janeiro e março, para 155 milhões, enquanto o número de utilizadores das plataformas digitais aumentou 11%, para 49 milhões. As vendas digitais já representavam 56% do total, face 50% um ano antes.