Segunda-feira, Novembro 25, 2024
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Setor da banca atento ao investimento verde em encontro nacional da ALF

O Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting juntou instituições financeiras nacionais e europeias e entidades portuguesas ligadas ao investimento, ao ambiente e mobilidade.

Sob o tema “O futuro das responsabilidades ambientais, sociais e de governança”, os administradores da banca preveem o fim dos créditos a investimentos não sustentáveis e não têm dúvidas de que os bancos serão tão verdes quanto o investimento que apoiam.

Nós somos aquilo que financiamos”, afirma João Nuno Palma, , vice-presidente da Comissão Executiva do Millennium BCP, quanto à alocação de recursos da banca de acordo com os critérios ESG (ambientais, sociais e de governança, na sigla inglesa).

Tem que haver um redireccionamento dos recursos financeiros para atividades sustentáveis. As instituições financeiras têm consciência de que se financiarem atividades não sustentáveis, elas próprias se tornarão não sustentáveis”, assume aquele que foi um dos cinco oradores do painel do Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF).

Nuno Lacasta, presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, também acredita que nos últimos dois meses se tem assistido a uma atividade em torno do financiamento sustentável, aludindo à proposta legislativa do Mercado Voluntário de Carbono (medida conducente à mitigação de emissões de gases com efeito de estufa), dada a conhecer pelo Governo em meados de março.

A estratégia “verde” do financiamento especializado tem reflexos em vários cenários. Luís Augusto, presidente da ALF, explica que a incorporação do leasing no ciclo de vida dos equipamentos é a favor da redução do nível de desperdício. Já o factoring e o confirming levam o seu apoio a investimentos concertados com as exigências ESG, enquanto o renting, que aproveita o crescimento da oferta de modelos eletrificados das várias marcas, direciona cada vez mais os clientes para veículos “amigos” do ambiente.

O problema está nas PME, que representam 99% do tecido empresarial português segundo Luís Guerreiro, presidente do IAPMEI, e que ainda se encontram numa fase embrionária.

As PME estão ainda pouco sensíveis, porque não sabem como fazer, não têm apoios e incentivo. O objetivo é não deixar clientes para trás e apoiá-los na transição. A nossa obrigação como bancos é apoiar os clientes em processos que os transformem mais verdes”, alerta o administrador do Santander, Amílcar Lourenço.

Um esforço financeiro em direção à meta de carbono zero da economia que, como referido no encontro promovido pela ALF, se estima que venha a ascender a 20.000 milhões de euros anuais.

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