Por: Diana Mendonça
O SITEMA, Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves, aceitou a proposta da TAP para o regresso dos técnicos de manutenção de aeronaves (TMA) ao regime de horário full time. Até então, os técnicos de manutenção de aeronaves estavam a trabalhar em regime part time.
Quando o SITEMA iniciou este regime de horário tinha como objetivo recuperar o horário a full time “logo que fosse possível”. A retoma do tráfego aéreo para níveis pré-pandemia fez o volume de trabalho aumentar, necessitando de TMA num horário mais alargado.
“Temos um número de voos próximo do que existia em 2019, temos novas aeronaves e temos cada vez menos técnicos. A saída de colegas devido à falta de condições e ao ambiente vivido na empresa continua a um ritmo muito elevado. De tudo isto resulta um défice claro de TMA”, refere Paulo Manso, presidente da direção do SITEMA, citado no comunicado enviado às redações.
Juntamente com a decisão de terminar o regime de part time, o SITEMA e os 666 TMA que representam na TAP levantaram a greve de horas extraordinárias, em curso desde agosto do ano passado.
Os TMA comprometem-se a colaborar na recuperação da companhia portuguesa, contudo pedem a retoma da sua atividade normal na totalidade. A não reposição dos 20% de cortes salariais é um dos fatores que está a levar vários TMA a deixar a companhia, comprometendo a sua ação.
O SITEMA afirma que os TMA “continuam descontentes com a situação vivida na empresa”, contudo estão disponíveis para “fazerem parte da solução para que a TAP continue a ser considerada uma companhia de renome internacional e de excelência”.