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Por: Gustavo Barreto, membro da Comissão Executiva do Grupo Ageas Portugal
Num país cujo tecido empresarial é quase 100% constituído por PME, as startups são uma importante alavanca para a inovação.
Os portugueses são um povo de ideias, de talento e de soluções. Contudo, se analisarmos com mais atenção, insistimos em posicionar-nos de forma mediana em relação à inovação, como aliás evidencia o European Innovation Scoreboard, em que Portugal se situou na 22ª posição, muito abaixo da média da União Europeia.
E porquê?. A resposta é simples: é que continuamos a não investir de forma consistente em inovação, numa componente que é, afinal, explorada em abundância pelas startups nacionais. E a pergunta que, de facto, devemos fazer é esta: porque não incluí-la também nas nossas Pequenas e Médias Empresas (PME)?
Capazes de desenvolver ideias de negócio que permitem distinguir-se numa perspetiva da sua proposta de valor e eficiência, as startups são um veículo de entrada de novas ideias e soluções para as empresas. No fundo, podem ser a verdadeira alavanca para o grande salto em frente rumo ao futuro, sobretudo através da sua dinâmica e criatividade, um fator impulsionador com o poder de transformar as PME nacionais em empresas do século XXI, conferindo-lhes mais relevância e competitividade num panorama que é cada vez mais global.
Vejamos que esta é uma relação de win-win. Por um lado, as startups têm aqui a oportunidade de mostrar os seus recursos e dar a conhecer as suas ideias, e, por sua vez, possibilitar que as PME consigam inovar as suas soluções, potenciando desta forma a sustentabilidade do negócio.
Além disso, este é ainda um importante diferenciador na angariação de clientes, hoje muito mais exigentes e à procura de soluções inovadoras.
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