Por: Marta Godinho
De um total de 119 voos previsto para esta sexta-feira, 9 de dezembro, até às 11 horas, a TAP apenas cumpriu 41. Este é o segundo dia de greve dos tripulantes de cabina por falta de acordo nas negociações do novo Acordo de Empresa (AE), de acordo com as últimas atualizações da companhia aérea.
A greve convocada para os dias 8 e 9 de dezembro pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) levou a TAP a operar com apenas serviços mínimos decretados pelo tribunal e seus parceiros. Durante o dia 8, foram realizados “todos os 148 voos previstos, sendo 64 de serviços mínimos”.
Dos serviços mínimos que englobavam 30 voos, a TAP já veio confirmar que “já operou os nove previstos” e que “apenas um voo para a Praia foi cancelado, mas devido a falta de passageiros”.
Apesar de lamentar a situação, a companhia aérea portuguesa garante que “continua, como sempre, disponível para negociar com o SNPVAC, bem como com todos os sindicatos”, sendo que “aceitou nove das 14 propostas do sindicato e pediu que a sua assembleia geral fosse antecipada para evitar o impacto na operação da companhia”.
“O aviso de greve dos tripulantes de cabina levou a TAP a cancelar 360 voos, uma decisão tomada tendo como prioridade a proteção dos clientes”, sustenta, afirmando que “pediu atempadamente aos seus passageiros para que remarcassem os seus voos voluntariamente” e que “todos os passageiros puderam pedir a remarcação ou um reembolso”.
Acrescenta ainda que estão a fazer tudo para “minimizar o impacto” da greve e “agradece o profissionalismo de todos os tripulantes de cabina incluídos nos serviços mínimos, bem como os esforços de todos os trabalhadores da TAP envolvidos nesta operação”.
A presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, já lamentou a decisão do SNPVAC quanto à moção votada na assembleia geral de associados e manifestou-se disponível para tentar encontrar novas soluções.
Esta greve foi aprovada a 3 de novembro, em assembleia geral de emergência do SNPVAC, depois de o sindicato ter recursão a proposta de novo acordo de empresa apresentada pela companhia aérea, que considera “absolutamente inaceitável e manifestamente redutora”.
Os sindicatos e a companhia aérea encontram-se em negociações para a revisão do AE para o plano de reestruturação, cortes nos salários, a flexibilização de horários, entre outras medidas.
Os tripulantes da TAP já reforçaram que têm, pelo menos, mais cinco dias de paralisação até 31 de janeiro.