Por: Cláudia Cerqueira, Customer Success Manager da GoodHabitz Portugal
O mundo do trabalho está em mudança. Seja pelos resquícios de uma pandemia que funcionou como momento de viragem para o mercado laboral, como pelo facto de atualmente este incluir diversas gerações com perspetivas, necessidades e ambições distintas. Com maior necessidade de flexibilidade e após terem sentido na pele os benefícios que um modelo de trabalho remoto, as novas gerações de profissionais estão a obrigar os líderes das empresas a repensarem aquele que é o modelo de trabalho tradicional.
Segundo um estudo de 2022 realizado pela Advanced Workplace, apenas 3% dos trabalhadores gostariam de regressar ao escritório durante toda a semana. A maioria dos setores nos quais se verificou que o teletrabalho teve benefícios, são agora obrigados a adaptar-se ao modelo híbrido, que permite conciliar o trabalho presencial e o teletrabalho de acordo com as necessidades específicas da empresa e do colaborador.
Para além das mudanças que isto acarreta para a própria estrutura da empresa, também as lideranças têm agora de se adaptar, reinventando as suas práticas internas de maneira que seja possível colmatar as lacunas entre os dois modelos. Uma das principais mudanças, passa pela escolha da modalidade de formação e desenvolvimento a disponibilizar aos profissionais, sendo este um critério cada vez mais tido em conta pelos candidatos como benefício de captação e retenção de talento. As oportunidades de formação são agora tidas como um critério de escolha, podendo ditar o sucesso na captação e manutenção de talento, tal como demonstram os resultados do mais recente estudo da GoodHabitz, segundo os quais 67% dos inquiridos concordaram que as oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional contribuiriam para aumentar a felicidade no trabalho, enquanto 84% admitiram que sairiam da empresa em que estão por falta de formação.
A modalidade de formação e-learning tem em si diversas características que para além de vantajosas para os colaboradores, também beneficiam as empresas, nomeadamente no que diz respeito à produtividade. Com o digital learning é possível conciliar o tempo de formação com o horário laboral de forma mais flexível, o que resulta numa redução do tempo fora do posto de trabalho, enquanto contribui para a manutenção e reciclagem do conhecimento, numa lógica de aprendizagem contínua. Este conjunto de
características distingue a formação e-learning e torna-a na melhor combinação para o modelo de trabalho híbrido, permitindo assegurar a flexibilidade natural desta modalidade.
O modelo de trabalho híbrido e a modalidade de formação e-learning, enquanto dois temas necessariamente interligados, tornam-se duas grandes temáticas no que toca à área de Formação e Desenvolvimento para 2024. Neste sentido, e ao consolidarem-se cada vez mais na sociedade, tornam-se mais que uma tendência, uma resposta imperativa às necessidades do mercado de trabalho atual.